Dezenas de livros didáticos que poderiam estar sendo utilizados pelos alunos em sala de aula espalhados pelo chão, alguns amassados, outros molhados e totalmente danificados.

Esta cena pode ser presenciada na Escola Rural Municipal João Sperandio, localizada no Rio Baixinho, que está desativada desde abril de 2007.

Segundo a vice-diretora da instituição, Maria Jocire Gondek, os livros pertencem a outra escola, a Aleixo Grebos, que passou por reformas e, com autorização da Prefeitura, utilizou uma das salas da Escola Sperandio para guardá-los. “O problema é que os livros estavam em caixas de papelão muito frágeis e ainda por cima foram deixados numa sala com goteiras e sem chaves e sem a supervisão de um vigilante, por isso foram danificados e espalhados, provavelmente por vândalos que entraram na escola”.

Jocire disse que alguns livros da Sperandio também estão guardados naquele prédio, só que estes ficam numa sala trancada e estão arrumados em caixas e prateleiras. “A maior parte dos livros levamos para a Facear, onde os alunos foram transferidos, mas algumas coisas tivemos que deixar para trás devido à falta de espaço na faculdade”, explicou.

A Escola Municipal Pref. Aleixo Grebos confirmou que os livros foram deixados na João Sperandio em função de uma reforma e não foram levados para a Facear, para onde foram remanejados os alunos, devido à falta de espaço. “Sabemos que os livros, assim como outros materiais didáticos, foram danificados por goteiras e que ficaram numa sala sem chave, mas o que podemos fazer? Não temos como levá-los para a Facear pois os próprios alunos já estão empilhados nas salas, calcule a situação se colocarmos livros e outras coisas nesse mesmo espaço”, comentou a diretora Cleuza Maria de Andrade Lima.

Justificativa

A Secretaria Municipal de Educação justificou que a Prefeitura cedeu uma sala da Escola Sperandio para guardar alguns materiais e livros da Aleixo Grebos porque lá havia espaço disponível.

“Infelizmente os livros não receberam o cuidado necessário e ficaram jogados pelo chão, mas já estamos tomando as providências necessárias e fazendo o remanejamento para outro espaço”, alegou a secretária de Educação Maria José Lima Dietrich, a Nega.