O ex-presidiário Claiton Lourenço de Souza, o Morcego, 23 anos, morreu assassinado com 11 tiros (seis nas costas e cinco no peito) em frente ao portão de uma casa onde tentava se esconder, próximo à esquina das Ruas Lótus e Manacá, no Jardim Santa Clara, no Bairro Campina da Barra. Moradores da região encontraram o corpo do rapaz caído no local na manhã de sexta-feira, dia 12. O dono da casa, que nem conhecia Claiton disse que ficou muito assustado quando viu o corpo de um estranho no seu portão.

Executam alcoólatra com 11 tiros

Contudo, de acordo com a perita do Instituto de Criminalística, Jussara Joenkel, o crime aconteceu durante a madrugada. Populares residentes nos arredores relataram a policiais militares da 2ª Companhia do 17º Batalhão que realmente ouviram disparos de arma de fogo por volta de 3h. A perita recolheu algumas cápsulas de pistola calibre 380 encontradas por ali para confronto balístico e funcionários do Instituto Médico Legal (IML) recolheram o corpo de Morcego para necropsia.

Antecedentes

Investigadores da Polícia Civil também estiveram no local colhendo informações. De acordo com o titular da Delegacia, Rubens Recalcatti, Morcego já esteve preso na carceragem por roubo de carro e foi condenado a cumprir pena em regime fechado na Penitenciária Estadual de Piraquara (PEP). Há alguns meses ele estava em liberdade condicional e por determinação judicial deveria frequentar o Alcoólicos Anônimos (AA).

Conforme o delegado, Morcego estava morando com a família, mas ainda tinha problemas com bebidas e também com drogas. “Ele vivia nas esquinas do Bairro, durante a madrugada, bebendo e se drogando. Possivelmente, ele estava inclusive devendo para algum traficante”, conta Recalcatti.

Inquérito

A partir dos dados levantados, o delegado acredita que, na madrugada do crime, como de costume, Morcego bebia na rua. Os bandidos teriam chegado e lutado com ele na esquina, onde foram encontrados partes de seus óculos e uma garrafa quebrada. O rapaz teria conseguido escapar e tentado correr para entrar em uma casa, mas não conseguiu porque o portão estaria trancado. Os bandidos teriam então atirado até ele tombar, encostado na grade da residência.
Há informações de que Morcego estava sendo ameaçado há algum tempo. Poucos dias atrás, bandidos em uma motocicleta preta teriam passado em frente à casa dele (na Rua das Camélias, no mesmo Bairro) atirando. Para Recalcatti, um dos suspeitos de ser o mandante do crime seria um traficante na região que estaria ameaçando outros moradores.

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