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Embora não admita publicamente, o vereador Wilson Roberto David Mota deve mesmo votar conforme orientação dada por Zezé

 

O projeto de lei que proíbe a nomeação de pessoas condenadas pela Justiça em segunda instância ou por órgão colegiado de assumir em cargo em comissão na Prefeitura e na Câmara de Araucária só deve ser analisado pelos vereadores na semana que vem.

De autoria do vereador Clodoaldo Pinto Jr. (PDT), a proposição já foi analisada em primeira votação no dia 15 de agosto e deveria ter sido discutida em segunda votação no dia 22. No entanto, como os vereadores que pertencem à base de sustentação do prefeito Albanor José Ferreira Gomes (PSDB) introduziram uma emenda marota ao projeto original, ele acabou não sendo discutido na semana que se passou. A expectativa era a de que o documento voltasse à ordem do dia na noite de ontem (29), mas, como o plenário não estava completo, a discussão do projeto foi adiada novamente.

Na prática, o adendo acrescentado pela turma do prefeito acaba com o que o projeto de Clodoaldo tem de melhor: a proibição de que sujeitos condenados em primeira e segunda instância assumam cargos públicos, sejam eles de secretário ou de um CC8. Os edis contrários ao ficha limpa municipal são os seguintes: Adriana Cocci (PTN), Alex Nogueira (PSDB), Francisco Carlos Cabrini (PP), Ismael Cantador (PTB) e Pedrinho Nogueira (PTN). A esta turma deve se juntar nos próximos dias o vereador Wilson Roberto David Mota (PPS), que, embora não admita publicamente, estaria negociando com o grupo do prefeito Zezé sua ida para a situação. Entre outras coisas, as bases do acordo exigiriam que Betão votasse pela possibilidade de que fichas sujas possam assumir cargos em comissão enquanto não forem julgados em última instância pelos tribunais de Brasília.

Para quem não sabe, o grupo de Zezé estaria fazendo das tripas coração para impedir a aprovação do texto original do projeto de Clodoaldo porque ele significaria a saída do irmão do prefeito do comando da Secretaria de Governo. João Lincoln Ferreira Gomes já foi condenado em duas instâncias pela Justiça por ter praticado os chamados crimes do colarinho branco.
 

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