CS São Francisco ficou mais de um ano fechado para a reforma
Um grupo de funcionários do Centro de Saúde e Clínica Odontológica São Francisco de Assis, no CSU, que foi reinaugurado no dia 19 de junho após passar por reforma e ampliação, está descontente com as atuais condições do prédio. Segundo eles, a reforma durou cerca de um ano e meio e o Centro foi entregue pior do que estava.
“Nós ficamos instalados em outro local, provisoriamente, até que as obras fossem concluídas, na esperança de que quando voltássemos isso aqui estaria funcionando em perfeitas condições, mas não foi isso que ocorreu. O prédio alaga quando chove muito, as paredes parece que receberam apenas uma pintura para disfarçar as imperfeições e vários outros problemas”, disse um das reclamantes.
Outro funcionário comentou que logo que a unidade foi reinaugurada, a primeira conta de água foi de R$ 4 mil. “Um absurdo, jogando dinheiro público fora, porque a unidade tem vazamentos e ninguém arruma, preferem pagar valores exorbitantes com o dinheiro do povo”, denunciou. Ele diz ainda que a unidade era para ser modelo, mas logo que as reformas começaram, já era possível ver que as obras estavam sendo feitas ‘nas coxas’. “O CS tem só fachada, nada funciona. Isso é um descaso com o serviço público, e quem paga a conta é sempre o cidadão”, lamentou o funcionário.
O que diz a Prefeitura
A Prefeitura de Araucária informou que o CS São Francisco de Assis contempla uma população de 19 mil habitantes e é uma unidade de referência. Possui atendimento clínico geral, de pediatria, odontologia, ginecologia, psicologia e fonoaudiologia clínica.
O local foi reinaugurado em 19 de junho deste ano, após passar por obras de reforma e ampliação. Foram investidos mais de R$ 1 milhão para melhorar o espaço para os profissionais que ali trabalham e para a população que busca atendimento. A metragem passou de 672 m² para 1.024 m² e, além da ampliação, o espaço foi todo reformado.
Referente aos problemas citados, a Prefeitura informa que está tomando as providências necessárias para resolvê-los. A obra – executada pela Tecvia Construtora de Obras Ltda. – tem garantia por lei de um ano (até 19 de junho de 2013, portanto). Sempre que acionada por qualquer problema executivo ou de mau funcionamento da unidade, a empresa fez as correções e manutenções necessárias, inclusive a recente troca de aparelho de ar-condicionado que ainda estava na garantia e sem ônus para a Prefeitura.
Informou ainda que foi previsto em projeto a existência de áreas de ventilação interna, que prevêem também um ralo para captação das águas de chuva que caem nestas áreas. Tais recursos foram executados exatamente como o projeto, porém com as fortes chuvas dos últimos períodos, ocorreu o transbordo das águas para dentro da unidade. Uma solução diferente e definitiva para o caso está sendo estudada pela Prefeitura e deverá ser executada com recursos próprios, uma vez que a empresa executora da obra seguiu inteiramente o projeto e planilha licitados.
Devido ao aumento significativo dos valores da conta de água, a Prefeitura constatou a existência de um vazamento “oculto” na unidade. A equipe de manutenção já localizou e sanou o vazamento e, portanto, as próximas faturas deverão vir com os valores adequados ao consumo de água do local.