Pela ação dos atiradores, Polícia acredita que Bertoti foi vítima de vingança
Um grupo de homens chegou a uma residência na Rua Jorge Saad, na Vila São João, no Bairro Boqueirão, por volta das 23h de terça-feira, dia 19. Do portão, eles chamaram o morador Maximino Bertoti, o Nenê, pelo nome e, apesar do avanço da hora, este resolveu sair para saber do que se tratava. Quando apontou para fora, foi recebido por disparos de arma de fogo; mesmo ferido na perna, correu para dentro e tentou se refugiar no banheiro. Mas os bandidos pularam o muro de quase 2 m de altura, o perseguiram e o executaram dentro do box, com mais 15 disparos: 9 nas costas e 6 no peito.
No momento do crime, a esposa e dois filhos de Bertoti também estavam na casa e, quando ouviram os estampidos, se esconderam em um dos quartos. Quando os assassinos deixaram o local eles tentaram socorrer a vítima e até o Siate foi acionado, mas, quando os socorristas chegaram ao local, não havia mais nada que pudessem fazer. Policiais militares da 2ª Companhia do 17º Batalhão e policiais civis atenderam à ocorrência. Depois do levantamento da cena do crime pelo perito do Instituto de Criminalística o corpo foi recolhido ao Instituto Médico-Legal (IML).
Inquérito
De acordo com o serviço funerário, Bertoti tinha 47 anos e trabalhava como pedreiro. A Polícia Civil diz que ele esteve preso por quase um ano na carceragem da Delegacia e no Centro de Triagem de Piraquara e estava em liberdade há cerca de três meses. Ele tinha passagem por tráfico de drogas e é possível que o homicídio esteja ligado a algum desacerto iniciado na cela.
A esposa da vítima contou que entre três e cinco indivíduos participaram do crime, mas ela disse que não conseguiu ver características deles. Pelo modo de agir dos atiradores, o superintendente Luiz Pereira acredita que o assassinato não tenha a ver com o tráfico. “Nos crimes com essa motivação não costuma haver tanta gente envolvida. Isso tem cara de vingança”, ele explica.
Conforme apurado pela equipe de investigação, vizinhos notaram a presença de um veículo Palio, de cor branca, nas proximidades da casa minutos antes dos fatos. E os investigadores trabalham com essa informação e, também com outras ainda sigilosas, para identificar e localizar suspeitos.