Um pequeno trecho de saibro localizado no final da Avenida das Nações, no bairro Estação, está trazendo muita dor de cabeça para a empresa Arcelor Mittal Gonvarri Brasil, mais conhecida como Gonvarri. É uma extensão de apenas 50 metros, que é usada como retorno de quem vem pela Avenida e quer entrar na fábrica.
O Gerente de Planta, Paulo Gilberto de Oliveira, disse que a empresa trabalha com componentes automotivos, que são utilizados na lataria externa dos automóveis. “São peças delicadas e não podem conter nenhum resíduo de sujeira porque serão estampadas.
Imagine o cuidado que precisamos ter com a limpeza, pois todos os dias entram e saem da fábrica cerca de 80 caminhões e eles trafegam pelo trecho sem asfalto, trazendo pó em dias de sol e barro em dias de chuva. O asfalto é uma necessidade técnica”, comentou.
Paulo disse não entender porque a pavimentação chegou até o retorno e não foi concluída. Ele também alegou que a Gonvarri já solicitou a obra para a Prefeitura há mais de três anos e numa das últimas reuniões, há cerca de dois anos, os representante da PMA estiveram na empresa e prometeram que no prazo de 30 dias a situação seria resolvida.
“Até agora nada. Nós cansamos de esperar e nos prontificamos em pagar as despesas para fazer o asfalto, mas a Prefeitura diz que não é possível por ser um trecho público”, reclama.
A Gonvarri tem 212 funcionários, destes, 103 são de Araucária.
A caminho
O secretário municipal de Obras Públicas, Conrado Faria de Albuquerque, falou que a licitação para fazer o asfalto no local chegou a ser contratada, mas a empresa que iria executar a obra faliu.
“Nós conseguimos receber a multa, mas infelizmente a obra não saiu, pois a lei não faculta que o segundo colocado entre. Tivemos que licitar o trecho de novo e tivemos um prazo de 75 dias úteis, que expira agora em outubro, para a execução”, explicou.
O secretário argumentou que não é má vontade da Prefeitura porque outras obras estão nessa mesma situação, paradas e sem previsão de conclusão. “A PMA não pode fazer nada, somos um órgão público e contratempos acontecem”, disse.
Sobre a disponibilidade de a empresa arcar com os custos da obra, Conrado disse que “a Prefeitura terá a maior boa vontade em fechar um convênio, basta a empresa nos procurar”.