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Mas não foi apenas o NIS III que foi alvo de denúncias na área da saúde esta semana. O Hospital Municipal de Araucária – HMA também entrou na lista das reclamações dos usuários. A família da paciente Rute Franco, que perdeu um bebê na terça-feira, dia 11, denunciou um suposto caso de negligência médica.
A enteada de Rute procurou a redação do jornal O Popular para relatar o caso e pedir providências. Segundo ela, na sexta-feira, dia 7, Rute fez uma ecografia no HMA e foi constatado que o coraçãozinho do bebê já batia fraco. “Mesmo assim, mandaram ela pra casa, sabendo que a gravidez dela era de alto risco. Na terça-feira, dia 11, ela tinha uma consulta às 13 horas e só foi atendida às 18 horas. Foi então que uma nova ecografia mostrou que o bebê já estava morto. Eles então fizeram o parto e tiraram o bebê à ferro. Falaram que tinham que enterrar logo e não deixaram nem registrar a criança”, contou Marta.
Ela disse ainda que a família procurou um advogado para processar o hospital e pedir uma autorização judicial liberando a necrópsia do corpo do bebê para confirmar a causa da morte. “Na certidão de óbito o médico que atendeu ela colocou causa da morte como diabetes e pressão alta, mas não concordamos, porque se ele tivesse sido atendido antes isso teria sido evitado”, disse.
A reportagem do Popular tentou entrar em contato com o advogado, inclusive deixou recados com a sua secretária, mas até o fechamento desta edição ele não havia retornado nossaz ligações.
Justificativa
Também entramos em contato com a assessoria de imprensa da Secretaria de Saúde, que, em resposta ao nosso pedido, informou que considera o caso envolvendo a senhora Rute Franco, acontecido no dia 11 de janeiro no Hospital Municipal de Araucária, uma fatalidade.
A nota emitida pela Saúde diz que “a citada paciente fazia pré-natal no hospital no serviço de gestação de alto risco e estava com todos os exames necessários para tal situação. No dia 07 de janeiro, em consulta agendada, queixou-se de dor, foi examinada e foi detectada a presença de batimentos cardíacos do feto. Como a gestante não se encontrava em trabalho de parto e não havia nenhum indício fora do comum, ela foi orientada a voltar no hospital na próxima semana”.
Ainda segundo a nota, em consulta rotineira de pré-natal no dia 11 de janeiro, os batimentos cardíacos fetais não foram detectados através de ecografia e foi confirmado o óbito fetal intrauterino. Por ocasião do parto, foi avaliado que o óbito era decorrente de 48 a 72h anteriores.
Já com relação à queixa sobre o registro do feto, a Saúde ressaltou que registrar não compete ao hospital, sendo tal procedimento realizado em cartório, que fica dentro da instituição médica. “Referindo-se à necropsia, a família optou por fazer certidão de óbito, mas no outro dia queriam fazer a necrópsia. Como os trâmites já haviam sido realizados, a família agora precisa ver com o setor judiciário sobre tal questão. A SMSA reforça que considera o óbito ocorrido uma fatalidade”, diz a nota.
(M.B)  

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