Idosa cai e se machuca em calçada no Centro
Calçadas da cidade oferecem risco aos moradores

Andar pelas calçadas de Araucária tem sido uma missão bastante difícil para alguns pedestres. Elas deveriam servir para facilitar a vida das pessoas, mas muitas apresentam riscos e desconforto. Mal cuidadas e com desgaste, oferecem perigo a quem caminha, especialmente idosos, que podem tropeçar e cair.

A araucariense Rosilda Cantelle Botogoski, que tem mais de 60 anos, sabe bem o que isso significa. Há uns dias atrás ela andava tranquilamente pela calçada que fica em frente ao Banco do Brasil, quando caiu e trincou o cotovelo. “Naquelas calçadas existem muitos restos de pedregulhos, lajotas soltas e se a gente está um pouco distraída, cai mesmo e acaba se machucando”, disse a senhora.

O filho de Rosilda, advogado Gustavo Botogoski, disse que a responsabilidade em cuidar das calçadas não é somente dos contribuintes, mas da Prefeitura também. “Estou pensando seriamente em acionar o município com relação ao que ocorreu com minha mãe para que a Prefeitura preste mais atenção nas calçadas e para que futuros acidentes possam ser evitados”, comentou.

O secretário municipal de Urbanismo, Elias Kasecker, explicou que o cidadão é responsável pela calçada em frente a sua casa ou estabelecimento, é ele quem tem que cuidar e mantê-las em perfeitas condições. “O problema é que as pessoas tem o costume de culpar a Prefeitura por tudo. A situação financeira do município não está muito boa e a Prefeitura não pode arcar com tudo”, lamentou o secretário. Ele falou também que mesmo quando é a PMA que faz, todos acabam pagando por isso. “De qualquer forma, neste caso específico das calçadas próximas ao Banco do Brasil, daremos uma olhada, mas aconselho esta senhora que caiu, a acionar o próprio banco”, sugere.

Sem padrão
Kasecker comentou ainda que conforme o Plano Diretor do Município, as calçadas deveriam seguir um padrão, no entanto, as pessoas não costumam respeitar. “A Prefeitura definiu que vai intensificar a fiscalização com relação a isso, como também vamos ficar de olho nas empresas que fazem obras, estragam as calçadas e não consertam.

Estas serão punidas e os proprietários serão notificados, e se não tomarem providências, estarão sujeitos a multas. Da mesma forma, os cidadãos que forem reformar ou construir suas casas, serão notificados e multados quando obstruírem as calçadas com materiais de construção e outros entulhos”, pontuou.

Sobre a questão da acessibilidade, novamente o secretário criticou o fato de as pessoas não respeitarem o que prevê o Plano Diretor. “É comum os comerciantes, empresários e até mesmo as construtoras de grandes conjuntos habitacionais não seguirem a legislação, deixando de construir rampas para facilitar o acesso dos deficientes físicos. Já fizemos várias campanhas, mas não resolveu. Nos prédios públicos a acessibilidade já foi providenciada”, comentou Kasecker.