É Copa!

Facebook
LinkedIn
WhatsApp
Telegram
Email

Futebol nunca foi alvo prioritário de minha atenção. Ainda assim, lembro perfeitamente a foto em preto e branco da Seleção Brasileira de Futebol consagrada campeã mundial em 1958 que meus pais guardavam com orgulho. Lembro de alguns jogadores citados com reverência por terminarem invictos aquela competição, disputada de forma direta e exclusiva contra equipes européias, nos gramados da Suécia. Mesmo sem maior vivência futebolística, os nomes de Vavá, Didi, Garrincha, Zagalo, Pelé, Nilton Santos e todos os demais estão gravados de forma indelével em minha memória. É só eu ver a composição da seleção vitoriosa, que lembro a pose dos nossos atletas naquela foto. Mesmo os que não viveram aquela época certamente já ouviram falar de alguns nomes do time que venceu a seleção anfitriã, na partida final, pelo placar de 5 X 2. Na foto da equipe Campeã de 1958, que foi efusivamente aplaudida e reconhecida como vencedora pela torcida sueca, estavam: Djalma Santos, Zito, Bellini, Nílton Santos, Orlando e Gilmar; Garrincha, Didi, Pelé, Vavá, Zagallo e o massagista Mário Américo. Eu tinha apenas dois anos quando o Brasil ganhou a Copa da Suécia, conquistando o primeiro título mundial da Seleção Canarinho que foi criada em 1914. Meus pais viviam em um rincão do interior do Rio Grande do Sul, onde o futebol quase não era praticado e o rádio era praticamente nosso único contato com o mundo exterior. A memória forte que tenho da Seleção que venceu a Copa na Suécia, bem como de todas as outras que ganharam mais quatro títulos ou que pelo menos garantiram a presença do Brasil em todas as edições, é prova de que o futebol faz mesmo parte da cultura nacional. Depois do furor de previsões negativas e de tendências explícitas a diminuir nossa imagem perante o mundo, às vésperas do evento, estamos vendo que a Copa de 2014 no Brasil ocorre de forma satisfatória. São legiões de chilenos, australianos, ingleses, americanos e de tantos outros turistas estrangeiros que declaram estar admirados com a alegria contagiante dos brasileiros. Poucos são os turistas que reclamam das condições aqui encontradas. A maioria derrama elogios para aquilo que vê e participa, mostrando sentir-se acolhido e à vontade. Para o jogo onde se enfrentaram as equipes da Argentina e da Nigéria, aproximadamente 150.000 argentinos se deslocaram até a cidade de Porto Alegre, mas apenas 18.000 deles tinham ingresso. Os demais pretendiam somente estar próximos da sua seleção, levando-a à vitória em eletrizante disputa que terminou com o placar de 3 a 2. Não acho que devemos esquecer ou deixar de denunciar casos de mau uso de verbas públicas. Aliás, sempre é nosso dever acompanhar o uso do dinheiro que é de todos e participar das decisões sobre quais eventos o Brasil deve realizar. Cabe a cada brasileiro, neste momento que a Copa da FIFA já se realiza no país, juntar a voz aos que gritam: RUMO AO HEXA BRASIL!

JÚLIO TELESCA BARBOSA
Engenheiro Agrônomo

 

Compartilhar
PUBLICIDADE