EDIÇÃO ESPECIAL DE ANIVERSÁRIO – 132 ANOS
A história de uma cidade não está apenas nos livros, também é revelada pelos comércios que resistiram ao tempo e que até hoje mantém as portas abertas, mesmo diante de um mercado cada vez mais competitivo. Araucária, em pleno desenvolvimento, possui lojas cujas biografias se misturam com a própria história da cidade. A Eletro Minas Comércio de Aparelhos Eletrônicos e o Bazar Foto Minas, ambos comandados pelos sócios irmãos Vicente Fernandes Oliveira e João Heli Fernandes de Oliveira, são comércios tradicionais, onde o tempo parece passar mais devagar.
Mas por que ali o tempo parece que não passou? Na Eletro Minas, por exemplo, ainda é possível encontrar algumas relíquias do passado, como um chuveirão de campanha, uma lamparina à querosene e um moedor de café manual. “A gente ainda vende coisas de antiguidade, mas aqui os tempos se misturam, porque acompanhamos e evolução e também temos itens bem atuais”, afirma Vicente, que gerencia a loja. Ele reforça que os clientes poderão encontrar uma infinidade de itens na loja, desde eletrônicos, até utensílios domésticos e ferragens.
A Eletro Minas foi inaugurada em novembro de 1990, e sempre funcionou no mesmo endereço, na avenida Victor do Amaral, 1508, no Centro. “São quase 40 anos em que estamos no mesmo local, e temos clientes que estão conosco desde o começo, muitos também já passaram a tradição de comprar na Eletro Minas para seus filhos e netos. Isso é gratificante para nós”, admite Vicente.
O Bazar Foto Minas, gerenciado pelo João, é um pouco mais antigo, foi fundado em 1983. Até dois anos atrás, funcionava em uma pequena sala, na Avenida Victor do Amaral, ao lado da antiga Sociedade Operária Beneficente de Araucária – SOBA, depois mudou-se para um espaço mais amplo, na avenida Manoel Ribas, 375, também no Centro. Lá também é possível encontrar centenas de itens, mas em menor variedade que a Eletro Minas.
Ao longo de tantos anos à frente dos negócios, Vicente, 63 anos, e João, 65, se orgulham em dizer que sobreviveram a todas as crises econômicas do país, principalmente a pior delas, que veio na esteira da pandemia. “Estamos firmes aqui, graças a Deus temos nossos comércios e ganhamos nossa vida a partir disso”, comemora Vicente.