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Loura tenta dar o golpe e se dá mal  Loura tenta dar o golpe e se dá mal
Pedido de carne solicitado ultrapassava dois mil reias, o que levantou suspeita sobre a farsante

De peruca e óculos escuros, uma tentativa de estelionato realizada por uma mulher chamou a atenção da Polícia de Araucária na terça-feira, 08. Conforme investigação da Polícia Civil, existem duas versões para o caso.

Primeiros fatos
A primeira versão repassada foi dada pela Polícia Militar. Segundo informações colhidas, um funcionário do Supermercado Condor informou que uma mulher fez um pedido por telefone de 130 kg de carne para ser entregue em frente ao Supermercado Adriane, na Rodovia do Xisto. Conforme informou a mulher, a compra seria paga pela empresa Risotolândia. Desconfiando de que fosse um golpe, o gerente do Condor ligou para a Risotolândia e confirmou que ninguém havia feito o pedido, então informou a PM e traçou o plano: enviar uma quantidade menor de carne até o local que a “cliente” havia solicitado. No ponto marcado, policiais afirmaram que abordaram o táxi em que estava a suspeita e encontraram as sacolas com as peças de carne. Diante dos fatos, a encaminharam para a delegacia, que, diante dessas informações iniciais, autuou M.C.R.G., 35 anos, como flagrante de estelionato.

Continuação
Acontece que os depoimentos colhidos pelos policiais civis contaram outra história. Segundo escrivão, M. afirmou que não foi ela quem fez o pedido, que foi até o local somente para recebê-lo, pois uma pessoa desconhecida estava ameaçando matar seu filho caso não participasse do golpe e fosse receber o produto. “Ela chorou 24 horas aqui na Delegacia”, informaram. “Registramos o depoimento dela, mas como aqui todo mundo vira ‘inocente’, ainda não dava para entender bem os fatos”, completaram.

A autuação de M. como flagrante caiu mesmo após o depoimento do funcionário do Condor. Conforme contou policial civil, ele afirmou que colocou a pequena quantidade de carne no porta-malas do táxi para levar até a “cliente” e quando estava chegando ao local avistou uma mulher vestida de preto, cabelos pretos e óculos escuros, bem suspeita. Antes mesmo de estacionar perdeu a mulher de vista, foi quando um homem em um veículo Astra o abordou apontando para onde ela teria ido. “O comparsa dela, provavelmente, a derrubou. Por que será que ele fez isso? Sem entender nada, o funcionário saiu e foi atrás da mulher com as características daquela que tinha avistado, mas na rua detrás de onde estavam a encontrou com a mesma roupa, mas agora loira”, explicou o policial. No momento em que foi abordada, M. começou a chorar desesperadamente, afirmando que tinha feito aquilo pois estavam ameaçando seu filho.

Investigação
Como, segundo depoimento de M. e do funcionário do Condor, a suspeita não foi localizada com as carnes, o crime foi desqualificado como flagrante. M., que está em liberdade, responderá um inquérito policial relacionado à tentativa de estelionato. Segundo informações levantadas pelos policiais, M. já trabalhou no Condor e na Risotolândia e, aparentemente, não estava precisando de dinheiro: “Ela tinha certa quantia de dinheiro na carteira e logo ia receber seguro desemprego de uma empresa onde trabalhou um ano e quatro meses”, confirmou. M. é moradora do Vila Nova e não tem passagem policial. A investigação continua.

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