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Mas afinal, o que está acontecendo com a Imcopa?
As especulações são de que a unidade de Araucária está fechada

Uma das indústrias mais tradicionais de Araucária, a Imcopa é praticamente um cartão-postal do município. Afinal, quem chega na cidade pela Avenida das Araucárias já sente o cheiro forte da soja sendo processada, enxerga de longe a fumaça das chaminés e a grande concentração de caminhões em frente a indústria, coisas impossíveis de passarem despercebidas.

Porém, nas últimas semanas, quem passa em frente a empresa já não percebe nenhuma destas movimentações. As chaminés estão paradas, não há caminhões aguardando na fila para carregar soja, a impressão é de que a Imcopa está fechada.

Desde 2008 a imprensa vem noticiando que a indústria enfrenta uma série de dificuldades financeiras e chegou, inclusive, a entrar com pedido de recuperação judicial, proposta de pagamento de dívidas, para evitar a falência. Segundo informações publicadas no caderno de agronegócio do jornal Gazeta do Povo, a dívida da empresa já teria atingido a casa de R$ 1 bilhão. Estes problemas financeiros obrigaram a Imcopa a reduzir a sua capacidade de processamento de soja.

Atualmente a indústria conta com duas unidades, uma em Araucária que conta com cerca de 300 colaboradores, e a outra em Cambe com aproximadamente 180 funcionários.

Esta crise que a empresa vem enfrentando há algum tempo aumentou ainda mais as especulações de que a Imcopa realmente fechou as portas. Na manhã desta segunda-feira, dia 20, a redação do Popular tentou contato telefônico por diversas vezes, porém ninguém atendeu na recepção. No ramal do departamento de Recursos Humanos conseguimos contato e fomos informados que a fábrica está parada somente para uma manutenção anual, mas que a partir de fevereiro continuará funcionando normalmente.

Proposta de compra
Em dezembro do ano passado um grupo de investimentos e participações, a Penido Holdings, apresentou uma proposta para aquisição da Imcopa. Porém, esta compra estaria condicionada à obtenção de um empréstimo de R$ 400 milhões.

Os credores da fábrica marcaram uma assembléia para analisar a proposta. A reunião ficou agendada para o dia 15 de janeiro. Porém, como os credores ainda não haviam chegado a um acordo sobre a proposta, a assembléia foi suspensa e remarcada para o dia 28 de janeiro.

Na Imcopa, nenhum colaborador quis falar sobre esta proposta de compra. A reportagem deixou recado para que um dos diretores da indústria retornasse a ligação para explanar mais sobre a situação, porém até o fechamento desta edição, não obtivemos retorno.
 

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