Denúncia de um colégio da área rural de Araucária levou o Conselho Tutelar, na manhã de quinta-feira, 31, até o local para verificar o caso de uma menor de 13 anos que possuia marcas de agressão por todo o corpo. Ao chegar ao local, foi constatado o fato, a adolescente contou que havia sido espaçada pelo pai. A menina possuía hematomas por toda parte do corpo da cintura para cima.
Dado a veracidade do fato, a menor foi encaminhada pelo conselheiro, acompanhado de uma educadora social, para ser ouvida pela promotoria e depois foi encaminhada ao IML para exame de corpo delito. O pai, A.S., 34 anos, em depoimento na Delegacia da Mulher e do Adolescente de Araucária, contou que a garota havia gazeado aula e que ele se excedeu no castigo, além disso, afirmou que sofre de depressão e toma medicamentos.
O conselheiro afirmou que o colégio agiu corretamente ao avisar o Conselho Tutelar sobre a agressão. De acordo com o artigo 245 do Estatuto da Criança e Adolescente – ECA, o professor ou responsável por estabelecimento de atenção à saúde e de ensino fundamental, pré-escola ou creche, tem a obrigação de comunicar à autoridade competente os casos de que tenha conhecimento, envolvendo suspeita ou confirmação de maus-tratos contra criança ou adolescente. Para o pai será aberto um inquérito para medidas cabíveis. “Provavelmente, vai ser indiciado pela lei Maria da Penha”, afirma conselheiro.