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No aniversário de 133 anos, trabalhadores declaram todo seu amor à cidade

Araucária completará 133 anos no próximo sábado, 11 de fevereiro. Mais de um século de existência, avançando e buscando sempre proporcionar o melhor para quem mora ou visita a cidade. Muitos trabalhadores, considerados ilustres moradores araucariense, sempre acompanharam de perto cada obra e conquista da cidade, mudanças que positivamente nas suas vidas e os deixaram com uma certeza: não querem sair de Araucária de jeito nenhum.

Esses trabalhadores nutrem genuíno amor e sentimento de pertencimento ao lugar que nasceram ou que escolheram para viver. Neste especial, o Jornal O Popular colheu declarações de 7 personagens super importantes para a história de Araucária, que fizeram questão de homenagear a cidade pelo seu 133º aniversário.

Ivanir da Conceição Kais Wolff,  66 anos

Mil razões para amar essa cidade: No aniversário de 133 anos, trabalhadores declaram todo seu amor à cidade
Foto: Raquel Kriger de Paiva.

Ivanir da Conceição Kais Wolff, 66 anos, aguarda a aposentadoria, que será concedida agora em 2023. Atualmente ela trabalha como inspetora de alunos no Colégio Estadual Agalvira Bittencourt Pinto, função que começou a exercer desde 2014, antes ela era merendeira. “Vim de Curitiba para morar em Araucária há 33 anos atrás e fui merendeira no Agalvira durante 16 anos. Acompanhei muita coisa na cidade, principalmente aqui no colégio, onde somando as duas funções, chegam a 25 anos. Vi o tanto que a educação evoluiu, o transporte, a saúde e os empregos. Antigamente não existia transporte integrado, que hoje facilita tanto a vida das pessoas. Os colégios só ofereciam ensino fundamental, então os jovens tinham que estudar no Centro para poder concluir o ensino médio, muitas vezes longe de suas casas”, compara.

Vani também faz questão de mencionar os avanços que o Município apresentou ao longo dos anos, na oferta de lazer para a população. “Temos lindos parques, praças bem equipadas e ainda estão projetando novos espaços de lazer. Nesse tempo que vivo aqui, estou achando tudo maravilhoso.  Sou muito feliz por morar em Araucária, acho uma cidade linda, um povo muito hospitaleiro e adoro trabalhar no Colégio Agalvira, pois o Alessandro e a Lucimara são excelentes diretores. Quando me aposentar sentirei falta de tudo isso. Com certeza, quem mora em Araucária e precisa deixar a cidade, nunca mais esquece!”.

Natanael da Silva, 67 anos

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Foto: Raquel Kriger de Paiva.

Natanael da Silva, 67 anos, é varredor de rua (gari) há 7, antes trabalhava como nivelador. Apesar de não ter nascido em Araucária, já mora aqui há 35 anos, e acompanhou boa parte do crescimento da cidade. Ele veio da cidade de Rio Negro (PR) e atualmente mora no jardim Santa Eulália. “Primeiramente eu vim para o bairro Pinheirinho, em Curitiba, e depois me mudei para Araucária para trabalhar e não saí mais daqui. Adotei a cidade, e assim como eu, todos que aqui chegam com certeza encontram um lugar bom pra se viver, uma gestão preocupada com a população e, na medida do possível ,atendendo os anseios do povo. Sinto paz, alegria e contentamento por viver e morar nessa cidade. Meu desejo é trabalhar cada vez mais para deixar a cidade mais limpa e mais bonita”.

Seu Natanael destaca os investimentos em infraestrutura, que trouxeram o progresso para a cidade, com destaque para a chegada do asfalto na área rural. O próprio setor de limpeza, segundo ele, também avançou no tempo. “Hoje o povo está bem mais consciente com a limpeza das ruas. Antes era tudo diferente, as vias eram mais sujas. Tem mais serviços de roçada e cidade limpa é sinônimo de cidade mais segura”, afirma.

O gari reforça que tudo isso é o reflexo de que a educação e a saúde estão melhores apesar de que para ele, ainda tem muita coisa pra se fazer. “Um bom exemplo é o nosso hospital, que precisa de uma administração mais eficaz e melhor aproveitamento da estrutura disponível, para que as pessoas não precisem ir para Campo Largo. Mas em resumo, Araucária tem muita coisa boa, vejamos o setor do transporte público, com uma passagem muito barata, isso não acontece nas outras cidades. No dia a dia do meu trabalho nas ruas ouço muitas histórias e as pessoas comentam o que melhorou e o que piorou na cidade, e é mais ou menos tudo isso que eu citei”, diz o gari. 

Belonice Pereira dos Santos, 58 anos

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Foto: Raquel Kriger de Paiva.

A moradora do bairro Capela Velha, Belonice Pereira dos Santos, 58 anos, é agente de apoio e de limpeza no Colégio Estadual Agalvira Bittencourt Pinto. Mora em Araucária há 43 anos e há 25 trabalha na mesma instituição de ensino. Nice, como é carinhosamente chamada pelos colegas de trabalho e pelos alunos, relembra as mudanças que acompanhou ao longo desses anos.

“Os moradores sofriam por falta de estrutura, tanto na saúde quanto na educação, e hoje está muito melhor. Agora melhorou bastante a saúde, a educação e a própria segurança e o transporte coletivo também apresentaram avanços significativos. Aqui no colégio as coisas são bem diferentes do que eram, vimos muitas benfeitorias sendo feitas, principalmente a reforma da quadra e a instalação de ar condicionado nas salas de aula”, comemorou a trabalhadora.

Na cidade ela vê avanços nas ruas asfaltadas, no saneamento e na segurança da população. “Se dissermos que a saúde está excelente estaremos mentindo, porque muito ainda precisa ser feito. Na minha opinião, precisamos de mais médicos e exames em várias especialidades, porque hoje demora entre 6 meses a um ano para conseguirmos consultas e exames com especialistas. Mas creio que isso também é questão de tempo, porque no geral, Araucária está muito linda e de parabéns”, enalteceu Nice.

Simone Dudek Kovalski, 36 anos

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Foto: Raquel Kriger de Paiva.

Sentar de frente para aquele enorme volante redondo, conversar com os passageiros, acalmar os ânimos de quem chega estressado, é uma atividade prazerosa para a motorista Simone Dudek Kovalski, 36 anos. Ela está nessa função há 12 anos, antes pela Viação Tindiquera e há cerca de um ano e meio na Francovig Transportes. Simone mora no bairro Costeira, nasceu e sempre viveu em Araucária. Para ela, a cidade de antigamente era esquecida, apagada e desvalorizada, porém nos dias de hoje, merece um novo olhar, por oferecer aos seus moradores qualidade de vida, um serviço de transporte moderno e com preço justo.

“Araucária é um bom lugar para se viver, uma cidade bem iluminada, os bairros tem parquinhos modernos para as crianças se divertirem. Meu filho de 8 anos adora. Vejo que a cidade apresentou muitas mudanças positivas nos últimos anos, a mobilidade é uma delas, com asfalto de qualidade, transporte eficiente, cartão isento para os estudantes, tudo isso pesando menos no orçamento familiar. Temos ainda os investimentos em iluminação, que trouxeram mais segurança para as pessoas, as escolas novas e reformadas, abrindo mais vagas. Não é à toa que muitas pessoas querem vir morar em Araucária”, diz a motorista.

Para ela, os problemas que ainda existem por aqui são os que acontecem em quase todas as cidades do Brasil. “A cidade precisa atrair mais empresas para gerar novos empregos, evitando que muitos tenham que se deslocar para Curitiba em busca de vagas. Outro ponto que precisa de atenção é a acessibilidade para portadores de deficiências nos bairros, com melhorias nas calçadas.

A motorista também pediu mais oportunidades de trabalho para as mulheres. Segundo ela, nos últimos anos houve grandes avanços com mulheres conquistando vagas de emprego, antes exclusivas dos homens. “Aos poucos as mulheres estão provando que são capazes. Sou a motorista com mais tempo de trabalho no sistema público de transporte de Araucária e tenho muito orgulho disso, muita coisa mudou nesses últimos anos e hoje temos muitas mulheres motoristas transportando os araucarienses na cidade. Finalizo, parabenizando Araucária pelos seus 133 anos de evolução. Hoje temos uma cidade linda e moderna. Desejo que cresça cada vez e traga muito orgulho para seus filhos araucarienses”.

Luiz Alberto de Paula, 58 anos

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Foto: Raquel Kriger de Paiva.

Dinorá Antônia dos Santos Paula, 54 anos, veio para Araucária em 1981 e foi aqui que encontrou o grande amor da sua vida, o Luiz Alberto de Paula, 58 anos. Pedreiro há mais de 30 anos, seu Luiz ajudou a construir várias moradias na cidade e agora decidiu empreender em um novo ramo, ao lado da esposa.

Há cerca de cinco meses o casal, que mora no Jardim Tupy,  começou a vender caldo de cana no Parque Cachoeira. O fato de serem moradores antigos da cidade, fez com que em pouco tempo eles começassem a conquistar os clientes.

E foi lá no parque, local de trabalho, que Dinorá e Luiz receberam a reportagem do Jornal O Popular, para contar um pouquinho dessa relação deles com Araucária e que mudanças perceberam ao longo dos anos. Seu Luiz falou primeiro, dizendo que a cidade está mais evoluída, principalmente na área da saúde. “Antigamente quase não havia médicos, a gente tinha que madrugar na fila pra conseguir uma consulta. Hoje está muito melhor, a saúde evoluiu bastante, temos mais médicos, mais exames disponíveis. No meu caso, sempre que vou até a unidade de saúde do meu bairro, sou bem atendido”, elogiou.

Dinorá complementa a fala do marido, afirmando que os asfaltos melhoraram a vida das pessoas. Segundo ela no quesito segurança, a população também se sente mais protegida. “Agora que estamos trabalhando como ambulantes percebemos o quanto é importante termos segurança, e isso tem melhorado muito por aqui”, declarou.

Sérgio Zaduski, 61 anos

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Foto: Raquel Kriger de Paiva.

Com 32 anos de volante, Sérgio Zaduski, 61 anos, é um dos motoristas de ônibus com mais tempo de trabalho em Araucária. Se fizermos uma soma aproximada de tudo o que Zaduski já rodou pela cidade, onde passou a maior parte de sua trajetória como motorista, com certeza daria para ir e voltar à lua mais de uma vez.  Nascido e criado em Araucária, sempre morou na área rural da Fazendinha e há 38 anos é casado com Helena Strapasson Zaduski. “Trabalhei durante 30 anos na antiga Viação Tindiquera e vai  fazer dois anos que estou na empresa Francovig. Sempre morei no interior e acompanhava as dificuldades do povo com o transporte coletivo, não tinha como ir até a cidade, as estradas rurais eram de terra e em dias de chuva ficava quase impossível transitar. Tinha somente um ônibus pela manhã, que era usado pela população para ir ao médico e fazer compras”, recorda.

Zaduski conta ainda que seus pais eram agricultores como a maioria da população, e ele, sendo o caçula de seis irmãos, sempre ajudou sua família na roça. “Felizmente consegui estudar porque havia escola perto da minha casa”. 

Quando descreve a Araucária de hoje, o motorista diz que a cidade cresceu muito a partir da industrialização e abriu oportunidades de empregos para a maioria da população que mora aqui. “A qualidade do transporte coletivo com a integração e o baixo custo do valor da passagem, considerado o mais baixo do Estado, é algo que precisa ser elogiado. Aqui temos unidades de saúde em toda cidade, inclusive no interior, e um bom hospital. Nesta atual gestão tivemos uma grande melhoria na pavimentação das estradas rurais e na iluminação pública, que fez uma grande diferença em nossa qualidade de vida e segurança. Percebemos que a arrecadação de impostos do município de Araucária foi melhor aplicada em prol da população”, disse.

O motorista citou algumas melhorias que gostaria de ver acontecer na sua cidade, como a construção de um viaduto na Rodovia do Xisto, ligando o Centro com a Avenida Independência, a ampliação do terminal rodoviário e a construção de um novo hospital para melhor atender à população. “Araucária está em pleno crescimento e deixo aqui uma mensagem carinhosa pelos seus 133 anos: Sou filho desta cidade abençoada, símbolo do Paraná, terra de gente trabalhadora e religiosa. Meu sonho é ver minha cidade sempre bem cuidada, recebendo o carinho e a dedicação de todo o povo que foi acolhido por ela”.

Pedro Paulo Afonso de Siqueira, 51 anos

Mil razões para amar essa cidade: No aniversário de 133 anos, trabalhadores declaram todo seu amor à cidade
Foto: Raquel Kriger de Paiva.

Pedro Paulo Afonso de Siqueira, 51 anos, mora no bairro Boqueirão. Veio de Antônio Olinto, interior do Paraná há 35 anos e trabalha como coletor de resíduos há cerca de 27 anos, sendo 26 destes na mesma empresa, a Transresíduos. Pedro se orgulha quando volta no tempo e percebe como Araucária cresceu e como sua empresa evoluiu junto. “Hoje temos caminhões mais modernos, as ruas melhoraram bastante, antes tinha muita estrada de chão, o serviço demorava muito mais. Hoje também fizemos muito mais coletas em bem menos tempo. Lembro que antigamente a gente tinha hora pra começar, mas não tinha hora pra acabar. O descarte do lixo então nem se fala, não era como agora, separadinho, as pessoas jogavam orgânicos, recicláveis, madeira, vegetais, tudo no mesmo lixo”, compara.

O coletor destaca o progresso da cidade, com destaque para o asfalto nas estradas do interior, uma melhoria que até pouco tempo atrás só havia nas ruas centrais. “Trabalho há 8 anos na coleta da área rural e posso dizer com conhecimento de causa, que com o asfalto ficou muito melhor pra nós”, diz.

Outros setores da cidade também apresentaram avanços em vários setores, segundo o trabalhador. “Percebemos que existe uma preocupação maior dos gestores com relação à qualidade de vida da população. É claro que muitas coisas ainda precisam melhorar. Vejamos o caso da coleta, por exemplo, falta mais conscientização por parte das pessoas para a separação dos recicláveis. Muita gente já separa, mas ainda são muitos os que ainda não o fazem, e essa consciência precisa mudar, para termos um mundo cada vez melhor”, comentou.

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