Moradores querem que área nobre favoreça a população
Moradores sugerem que no local invadido sejam construídos uma praça para a comunidade e um espaço para crianças

Há anos os moradores do bairro Jardim Iguaçu esperam que a Prefeitura de Araucária aproveite de maneira sábia a quadra localizada em frente à Escola Municipal Archelau de Almeida Torres. No entanto, o que existe no espaço é apenas o esqueleto de um possível prédio, que não saiu nem do início do primeiro andar, e dezenas de barracas de uma população nômade.

Essa realidade não agrada moradores como o senhor Ivan de Araujo Lins, residente no bairro há 20 anos e dono de um estabelecimento comercial localizado nas proximidades do espaço tomado. Segundo ele, o que acontece ali “é um descaso com o cidadão” e uma afronta ao comércio local, que sofre com a situação. “Estamos falando de uma área nobre que poderia ser usada para benefício do bairro, mas a maneira como ela vem sendo utilizada é um ponto negativo pra gente”, desabafa.

Além do senhor Ivan, outros araucarienses também sentem falta de mudanças que fortaleçam o lazer na região e valorizem o bairro. “Poderia ser feito um espaço para crianças, ou qualquer outra coisa que utilizasse bem esse espaço”, sugere a senhora Sueli, mãe de um garoto de cinco anos. “Também seria legal se fizessem uma praça bem bonita com banquinhos para descansarmos com a família e com os amigos. Araucária tem poucos lugares assim”, afirma uma jovem de 22 anos que aguarda ansiosa por alguma manifestação da Prefeitura a respeito do assunto. Moradores querem que área nobre favoreça a população

A população acreditou que um prédio de 13 andares seria construído na área, mas só o esqueleto ficou para contar a história

Segundo o morador Ivan, muitas dessas ideias já foram colocadas em prática em outras cidades brasileiras e, por isso, os povos ciganos possuem poucos espaços para se instalarem. Dessa forma, essas populações nômades aproveitam todos os locais que ainda restam. “É como aquela piada: Por que o cachorro entrou na igreja? Por que o padre deixou a porta aberta”, conclui o morador.

O jornal O Popular entrou em contato com a Prefeitura, por meio da Secretaria Municipal de Urbanismo (SMUR). No entanto, até o final desta edição, não recebeu nenhuma resposta ou sugestão de mudança.