Uma empresa localizada no bairro Capela Velha, que trabalha com o tratamento de efluentes e resíduos industriais e também com a reciclagem de equipamentos eletrônicos, tem incomodado moradores próximos, que reclamam do fedor. Segundo eles, a cada dia é um cheiro diferente e um pior do que o outro.
A reportagem do Jornal Popular conversou com alguns moradores que convivem há anos com o problema e eles alegaram que a situação se agrava cada vez mais. “Nós já acionamos a Secretaria Municipal de Meio Ambiente e eles não tomaram nenhuma providência para acabar com o mau cheiro. Com certeza esta empresa não está agindo dentro das leis ambientais”, comentou um morador.
Outro vizinho disse que quando chove, o cheiro alivia um pouco, mas que eles estão cansados de sentir este fedor todos os dias. “Esta empresa já está aqui há cerca de cinco anos e ninguém faz nada. Não é possível que isso continue assim. Já ligamos pro Meio Ambiente, pra Vigilância Sanitária e agora fizemos um abaixo-assinado e pretendemos entregar no Ministério Público. Alguém tem que fazer alguma coisa”, comentou.
Notificada
A Prefeitura de Araucária esclarece que, devido a reclamações e denúncias formais de moradores da região (sobre o mau cheiro), a Secretaria Municipal de Meio Ambiente (SMMA) enviou equipe até a empresa para fazer a fiscalização. Foi detectado que ela faz secagem do lodo de resíduos de material orgânico, o que ocasionava o mau cheiro.
A empresa já foi notificada adequadamente e essa atividade que provocava cheiro forte foi suspensa até que se encontre uma solução para essa prática, sem afetar a vizinhança. Após a notificação, o responsável pela empresa compareceu à SMMA para uma reunião. Foi constatado que a empresa está em lugar adequado e não apresenta nenhuma pendência. A SMMA espera o laudo pericial da confirmação de que o resíduo orgânico não causa malefício à saúde e somente o cheiro desagradável.
A reportagem do Jornal Popular entrou em contato com a empresa por telefone e foi informada que os dois sócios não poderiam nos atender porque estavam viajando. Deixamos os telefones da nossa redação para um contato posterior, mas até o fechamento desta edição, nenhum deles nos retornou.