A reestruturação em todas as linhas de ônibus do Triar (Transporte Integrado de Araucária) começa a valer somente a partir do próximo sábado, dia 22, mas – desde já – as mudanças estão sendo criticadas pela comunidade.
Moradores do jardim Santa Eulália, no Campina da Barra, por exemplo, reclamam que as duas principais linhas que atendem a região foram extintas: Menino Deus e Direto 1. “O que a Prefeitura vai fazer é um desrespeito com o trabalhador. Nós ficamos completamente na mão aqui no Santa Eulália”, enfatiza a líder comunitária da região, Lucimara Ferreira Lima Covaleski.
Com as alterações implantadas pela CMTC, o número de itinerários existentes em Araucária cairá de 33 para 19, sendo que a região do jardim Santa Eulália passaria a ser atendida pelas linhas São Francisco e Linhão 1. O problema, segundo Lucimara, é que o percurso que será feito por esses veículos aumentará consideravelmente, fazendo com que o trabalhador fique muito mais tempo dentro de um ônibus. “Hoje, a pessoa que pega o Direto 1 para ir trabalhar leva cerca de 25 minutos até chegar nas empresas que ficam no Vila Angélica. Com o Linhão 1, que dá a volta em quase toda a cidade, ele levará praticamente uma hora”, pondera.
Reunião
As reclamações da comunidade foram debatidas em reuniões na semana passada. Numa delas, inclusive, fiscais da CMTC, estiveram presentes e tentaram explicar as mudanças, alegando que elas são necessárias para diminuir o custo do transporte coletivo no Município. Ainda segundo eles, embora o número de linhas tenha diminuído, haverá mais horários de ônibus disponíveis em todos os itinerários.
Já em outra reunião, realizada no sábado passado, dia 15, e que contou com a presença do vereador Esmael Padilha (PSL), os moradores enfatizaram a necessidade de que – pelo menos – o Direto 1 continue existindo. “O Direto 1 atende somente trabalhadores nas primeiras horas da manhã. São pessoas que acordam às 5 da manhã e que terão que levantar ainda mais cedo caso sejam obrigadas a pegar o Linhão 1 para ir até seus empregos”, finalizou Lucimara.
Nossa reportagem tentou entrar em contato com o presidente da CMTC, Luiz Antonio Zawilinski, para saber sobre as possibilidades de alguma das reivindicações dos moradores do Santa Eulália ser atendida, mas Zawilinski estaria de férias desde sexta-feira, dia 14.
W.B