Usuário alega que foi insultado por uma enfermeira da Unidade de Pronto Atendimento
O araucariense Luis Fernando Kampa encontrou problemas no atendimento da Unidade de Pronto Atendimento – UPA do bairro Costeira. Ele relata que procurou a unidade por volta da uma hora da madrugada do dia 23 de maio porque estava com tosse, falta de ar, tontura e escarrando sangue e foi agredido verbalmente pela enfermeira de plantão I.C.M.B. quando esta foi verificar a medicação que tomava, após passar pela consulta com o médico.
“Passei pela triagem e logo depois o médico de plantão me examinou e fui encaminhado para o isolamento porque havia suspeita de tuberculose. Quando eu estava tomando medicação na veia, a enfermeira apareceu e do nada me agrediu verbalmente, me chamou de fumante e de vagabundo, reclamando que teria que usar uma máscara para poder me atender. Além de me insultar, ela retirou os medicamentos que eu tomava e me deixou naquela sala isolada, com os cateteres na veia e saiu sem falar mais nada. Ela desapareceu e fiquei ali um tempão, depois acabei indo pra casa ainda com os acessos na veia”, contou.
Luis não gostou nem um pouco do modo como foi atendido e procurou a delegacia de polícia para registrar um boletim de ocorrência contra a enfermeira, acusando-a de difamação. Ainda com os acessos na veia, ele também procurou a Ouvidoria da Prefeitura, onde abriu um processo administrativo contra a UPA. “Eu sai da UPA e fui pra casa com os cateteres; esperei até o horário que a Prefeitura abriu e fui até a Ouvidoria pra que acreditassem na minha palavra. Eles me encaminharam para a Secretaria de Saúde, onde, tiraram fotos do meu braço com a sonda e ligaram para a UPA para confirmar o ocorrido. Depois pediram que eu retornasse à UPA para retirar o cateter e pegar o resultados dos exames. Mas eles não me entregaram o exame de escarro, justamente o que confirmaria se estou com tuberculose”, disse.
O paciente continuou o relato, dizendo que na sequência foi encaminhado para o NIS, para dar continuidade ao tratamento. Chegando lá, ele conta que foi atendido pelo mesmo médico da UPA, que conhecia o seu caso, e novamente foi levado para o isolamento, com suspeita de tuberculose. “Depois o médico me encaminhou para o HMA para fazer um raio-x dos pulmões. O problema é que até agora não tive acesso ao exame de escarro e nem ao raio-x, portanto, estou sem saber se de fato estou com tuberculose ou não”, criticou Luis.
A reportagem do Jornal O Popular entrou em contato com a Secretaria Municipal de Saúde, através da assessoria de comunicação social, que não se pronunciou até o fechamento desta edição.