Segundo Palmonari, ele nunca teve interesse em assumir a Secretaria Municipal de Meio Ambiente
A repercussão gerada pela notícia de que Eliceu Palmonari (PSC) poderia ser o novo secretário de Meio Ambiente casada com a informação de que ele ganha a vida justamente explorando o meio ambiente com suas minas de caulim fez com que o empresário se manifestasse esta semana sobre o assunto.
Ainda na terça-feira, dia 15, quando o assunto veio à tona por meio de matéria veiculada em O Popular, Palmonari entrou em contato com nossa redação para garantir que jamais pediu o cargo de secretário de Meio Ambiente ao prefeito Olizandro José Ferreira (PMDB). De acordo com ele, seu nome foi sondado para comandar uma pasta em virtude do apoio que ele e o PSC deram à candidatura do peemedebista. “Foi o próprio Olizandro que mencionou comigo a possibilidade de assumir a Secretaria de Meio Ambiente, mas já naquela ocasião a ideia não me agradou”, garante.
Ainda segundo Palmonari, seu apoio a Olizandro não foi pensando em cargos. “Nunca cobrei isso dele”. Ele ainda afirmou que a própria possibilidade de ser secretário de alguma coisa nunca o seduziu por completo. “Envolvi-me um pouco mais nesta questão de política para ajudar as pessoas. Sempre fiz meu trabalho social sem pensar em algo em troca. Sou um homem realizado no trabalho e na vida pessoal. Não tenho inimigos e nunca escondi que gosto de atuar em questões sociais. Vivo do meu trabalho e nunca fui obcecado em obter vantagens financeiras com a política”, ponderou.
Sobre as críticas feitas pelo fato de viver explorando o meio ambiente com a extração de caulim, ele afirmou que tem orgulho do trabalho que exerce e tem certeza de que o minério mais contribui do que prejudica o meio ambiente. “Sou minerador há mais de trinta anos. Tenho mais de 35 minas espalhadas pelo país. O caulim que extraio delas está presente hoje em produtos que vão desde remédios até vasos sanitários. Faço mais bem do que mal ao meio ambiente”, garantiu.
Palmonari também não vê contradição alguma caso aceitasse comandar uma secretaria como a de meio ambiente. “Ora, não existe contradição nenhuma em aceitar o cargo. Minha atividade é totalmente legal e respeitamos todas as normas sem agredir a natureza. Em cima das áreas já exploradas hoje existem plantações, reflorestamento e lagos”, ensina.
Quanto às multas que teria recebido por agir em desacordo ao que prevê a legislação no caso da exploração de minas, ele se defende: “infelizmente, em nosso país essas coisas são frequentes. Multas fazem parte da vida dos empresários. E no meu caso, todos as autuações que recebi foram devidamente explicadas, tanto é que sigo com meu trabalho”, finalizou.