Perdemos o Parque!

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Abril e este início de maio foi um mês tenso para aqueles que gostam de fazer aquela caminhada no Parque Cachoeira no final da tarde ou nas primeiras horas da manhã. Também foi tenso para aqueles que apreciam sentar em algum dos bancos da única mais ou menos decente opção de lazer público existente m Araucária para ouvir o canto dos passarinhos ou mesmo a paz e tranquilidade que estar no Parque proporciona.

Digo isso porque nas últimas semanas, a rotina já movimentada do Parque Cachoeira foi totalmente alterada em virtude de eventos promovidos pela Prefeitura, ou em parceria com ela. Primeiro foi o Justiça no Bairro, depois a Feira do Peixe e neste último final de semana as atividades em alusão ao Dia do Trabalhador. Por mais que pareça “pegação no pé” reclamar de ações do poder público que movimentaram a cidade, levaram serviços sociais à comunidade, lazer aos trabalhadores e estimularam a economia local, é necessário chamar a atenção para o fato de que Araucária precisa urgentemente de um espaço específico para a realização desse tipo evento. O nosso Parque Cachoeira não foi feito para isso e sua estrutura, sua fauna e flora nem suportam isso.

Obviamente, é preciso estimular a realização de eventos nas dependências do Parque, que é sim subutilizado, mas elas devem ser feitas em harmonia com o meio ambiente e respeitando os moradores que moram nas imediações do bairro residencial onde está situado esse equipamento público.

Embora seja “chover no molhado” dizer que já passou da hora de termos um centro de eventos, não há como deixar de cobrar isso de nossas autoridades. Essa promessa, aliás, integra o plano de governo de quem está no poder hoje, bem como já esteve nos planos de governo de sei lá quantos outros governantes araucarienses. Interessante também é que um projeto como esse não é proposto pela iniciativa privada, proprietária de dezenas de áreas de milhares de metros quadrados pela cidade. Empresários que preferem especular com seus imóveis a empreender verdadeiramente.

Tanto o poder público como o empresariado local parecem não entender que todos os finais de semana milhares de araucarienses sedentos por opções de lazer se mandam da cidade porque aqui não há esse tipo de programa. Estamos tão carentes de opções de entretenimento que por estas bandas até velório lota e andar de escada rolante na Havan virou diversão.

Estamos órfãos de opções de lazer em Araucária e isso cria o problema do Parque, que até parece àquela esponja de aço: tem mil e uma utilidades. Acontece que ele não pode ser utilizado para todas ao mesmo tempo. Logo, quando o Cachoeira está ocupado por milhares de pessoas por conta da realização de uma festa ou feira saibam que outros milhares de cidadãos que tradicionalmente o utilizam para caminhar ou curtir a natureza rumaram para Curitiba em busca daquilo que a cidade onde eles moram é incapaz de oferecer e vice-versa!

Comentários são bem vindos. Até semana que vem!

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