Pesquisa feita pela Fiep foi apresentada aos moradores
Uma pesquisa realizada entre os dias 15 e 31 de agosto no bairro Estação, em Araucária, apontou que o bairro sofre com a falta de opções de cultura e lazer, entre outras necessidades, e quais os pontos fortes existentes no bairro. Foram colhidos 24 questionários respondidos por pessoas ligadas ao bairro. Este é o quarto passo da metodologia das Redes de Desenvolvimento Local, iniciativa da Fiep e do Sesi Paraná.
Praças e parques são inexistentes, segundo 70% dos entrevistados, e os outros 30% consideraram que os que existem são regulares ou insatisfatórios. No entanto, mais da metade citou o Campo do União Itália como um lugar que pode ser melhorado para ser uma área de lazer. Fidelsino Pereira, morador do bairro, achou o tema “cultura e lazer” o ponto mais relevante da pesquisa. “Aqui não tem nada, tem local que poderia ser usado para isso, mas está abandonado”, lembra.
Em relação aos pontos fortes, a maioria dos pesquisados não respondeu, e os que responderam citaram a Igreja Santo Antônio, os Vicentinos e o Campo do Itália como ativos da região.
No entanto, 77% dos moradores não sabiam que os Vicentinos existiam ou que atuam como uma ONG, pastoral da criança e do idoso e ainda tem iniciativa de desenvolvimento local. A desinformação também aparece quando 93% dos entrevistados sabem que existe uma associação de moradores, mas não souberam indicar um contato, nem onde ela está localizada.
Apesar de não saberem onde fica a associação de moradores, as pessoas souberam citar casos de gravidez na adolescência, pessoas morando na rua e pessoas passando fome. Além disso, a maioria disse não se sentir segura no bairro e que já teve conhecimento de assaltos, e, em menor intensidade, homicídios, vandalismos, tráficos de drogas e violência contra a mulher.
Segundo Roseli Machado, o Estação é um bairro grande, que não é pobre, porém não tem nada. “É um bairro gostoso de morar, com moradores antigos, mas ainda precisa de atenção”, disse. Isso se reflete no resultado da pesquisa, porque 88% dos moradores entrevistados, disseram que o clima no bairro é de amizade, seguido de simpatia e gentileza.
O meio ambiente foi bem cotado na pesquisa, pois o lixo é coletado segundo 97% dos entrevistados, e mais da metade separa o lixo orgânico do reciclável, porém não separa as pilhas, baterias e óleo, pois não sabe onde levar, ou diz não existir um lugar para isso. No entanto, 46% dão ao óleo o destino da confecção de sabão.