Poucas ações marcam o Dia Mundial da Água

É preciso ter consciência para salvar o pouco que resta de água

Ontem, dia 22 de março, foi comemorado o Dia Mundial da Água. A data foi instituída em 1992, durante a Conferência das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente e o Desenvolvimento (Eco 92-RJ) com objetivo de estimular a reflexão sobre a situação dos recursos hídricos, mobilizando a sociedade civil e o poder público para a elaboração de medidas práticas de preservação deste patrimônio natural.
Apesar disso, grande parte do país volta sua atenção para outras preocupações, enquanto poucas entidades se dedicam a promover eventos sobre a escassez da água.  

E a julgar pela falta de saneamento básico – em Araucária cerca de 30% da população apenas é atendida pelo serviço, enquanto que as demais casas despejam seus esgotos nos mananciais – e do número de pessoas que continuam lavando carros e calçadas com mangueiras ou que escovam os dentes com a torneira aberta ou tem outras atitudes que demonstram a falta de consciência ambiental, o dia mundial da água acaba passando despercebido na maioria das cidades. 

Em Araucária

Aqui na cidade, para celebrar o Dia Mundial da Água, a Secretaria de Meio Ambiente, em parceria com a Sanepar e a associação de moradores do bairro São Miguel, realizou um mutirão de limpeza nas margens da represa do Passaúna na manhã de sábado, dia 20.

A iniciativa foi louvável, considerando que em alguns municípios do país esse dia nem sequer foi lembrado e em outros, apenas as escolas comentaram sobre a data com seus alunos.
Cerca de 40 pessoas se envolveram na ação e coletaram dois caminhões de lixo e entulho no entorno da represa.

O secretário de Meio Ambiente de Araucária, Eduardo Kuduavski, disse que a ideia de realizar o mutirão surgiu de encontros com a comunidade do São Miguel.

 Na Capital

O Paraná, por meio da Secretaria do Meio Ambiente e Recursos Hídricos sediou ontem, dia 22, o evento “Água Limpa para um Mundo Saudável”, promovido pela Organização das Nações Unidas (ONU), Fundação Roberto Marinho, Agência Nacional de Águas e o Instituto de Tecnologia para o Desenvolvimento (Lactec). 

O evento discutiu ações prioritárias para reduzir a escassez da água no mundo, com a participação de técnicos e especialistas em água de diversos países e Estados brasileiros.
Entre as medidas necessárias para a melhoria da qualidade da água dos rios e nascentes foram mencionados maiores investimentos em saneamento, fiscalização e monitoramento, treinamento e capacitação de técnicos municipais e estaduais.

Foto: Welington de Oliveira