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Quem precisou de atendimento médico no NIS III na segunda-feira, dia 17, precisou ter muita paciência. É que em alguns casos o tempo de espera chegou a mais de cinco horas, o que tem se tornado comum na unidade, segundo os usuários.
Uma paciente que não quis se identificar, disse que chegou no NIS para consultar às 14h30, mas só conseguiu atendimento por volta das 22 horas. “Foram quase oito horas de espera e eu estava com uma dor de cabeça insuportável. Falei com outras pessoas, e eu não era a única a estar ali há horas aguardando. Isso é um desrespeito com a gente”, reclamou ela.
Outro paciente comentou que não se viam médicos atendendo e muitas pessoas estavam lá aguardando desde as 13 horas (quando entrou em contato com a redação do Popular já passava das 20 horas). “Aquele NIS tava um caos. Queria ver se alguma autoridade viesse aqui e tivesse que esperar tanto tempo para ser atendida. Eu queria que eles vivenciassem isso na pele. Ficar horas e horas esperando, com dor, é um absurdo”, denunciou.
Sobre o problema, a Secretaria Municipal de Saúde (SMSA) informou que, extraordinariamente, está havendo uma demora no atendimento do NIS III por conta da informatização no sistema de saúde de Araucária, o Saúde Digital.
Explicou ainda que, aos poucos, toda a rede municipal de saúde, que está sendo modernizada, será interligada, trazendo mais benefícios e mais agilidade no atendimento para a população. Por enquanto, os funcionários estão em período de adequação e em breve a presteza no serviço será retomada.
Falta de apoio
A usuária Lídia Machado reclamou do mau atendimento da saúde em Araucária. Ela conta que perdeu o tio idoso Augusto Gustek, no dia 1º de janeiro, após meses de sofrimento, por conta de uma doença incurável.
O problema é que, segundo ela, o tio necessitou de serviços que são prestados pela Saúde, como o fornecimento de alguns remédios, e não foi atendido. “Ele precisava dos medicamentos, mas quando eu ia pedir todos prometiam e ninguém arrumava nada. Também precisei de uma cama hospitalar para ele e nada. Foi humilhante ficar pedindo as coisas e não conseguir. Quem me ajudou foi uma associação de Curitiba. Isso é uma vergonha”, denunciou.
Lídia disse que muitos profissionais da saúde fizeram pouco caso da doença do seu tio, mas também agradeceu aos poucos que, de acordo com ela, foram prestativos e ajudaram. “Quero agradecer ao Dr. Darwin, à Andreli, ao Ricardo e a toda a equipe do CEMO e ao Erivelton, da Central de Marcação de Consultas. Estas pessoas foram muito boas com meu tio e fizeram de tudo para ajudar”, comentou.
Sobre o caso, a Secretaria Municipal de Saúde não se pronunciou.
Maurenn Bernardo (M.B) 

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