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Aproximadamente 700 camponeses da Via Campesina, do Comitê em Defesa dos Pequenos Agricultores e entidades da agricultura familiar, fizeram protestos em Araucária ontem, dia 12. A primeira parada foi na empresa Fosfertil e depois fecharam parte da Rodovia do Xisto, logo após o viaduto de entrada da cidade.

Segundo a assessoria de imprensa da Via Campesina a proposta dos trabalhadores foi cobrar do governo federal a reestatização da Fosfertil, privatizada há 15 anos e a quebra do controle das transnacio-nais sobre os alimentos e fertilizantes, além de uma política eficaz de financiamentos para os camponeses e a agricultura familiar.

Eles alegam ainda que a empresa Fosfertil, sob o controle da transnacional de agroquímicos Bunge, aconteceu em 1993 e revelou-se um fracasso. Hoje a Bunge controla 52% da produção de fertilizantes no Brasil. A conseqüência das transnacionais, o controle da produção e distribuição dos fertilizantes aumenta o preço dos alimentos básicos, o que no início de 2008 incendiou protestos nos cinco continentes.

Em 2007, a Ultrafertil aumentou o lucro em 93%, ferindo a legislação trabalhista. As práticas da Bunge se somam à perseguição de transnacionais como Syngenta, Aracruz, e Vale sobre os trabalhadores.

Os camponeses da Via Campesina também combatem a concentração da propriedade da terra e defendem a construção de um modelo agrícola baseado na agricultura camponesa, na reforma agrária e distribuição de renda. Garantindo que a agricultura nacional seja controlada pelo povo brasileiro, assegurando a produção de alimentos e a soberania alimentar.

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