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Rombo nos armazéns da Família já é de R$ 1,2 mi
Filas como esta em frente ao Mercado Municipal já não são vistas desde dezembro do ano passado

Uma matéria veiculada nesta segunda-feira, 12 de julho, no telejornal Paraná TV, da Rede Globo, reacendeu a discussão acerca de quem é a culpa pelo fechamento das três unidades dos armazéns da família de Araucária, que ocorreram em dezembro do ano passado.

Como se sabe, o programa armazém da família foi idealizado pela Prefeitura de Curitiba. Com o passar dos anos, porém, ele foi estendido a outras cidades do Paraná por meio de convênios. Assim, a Secretaria de Abastecimento da capital compra os produtos, repassa-os as cidades conveniadas, que vendem esses mantimentos à população de baixa renda e o dinheiro arrecadado é pago à Prefeitura de Curitiba.

O problema é que uma auditoria realizada pela Prefeitura de Curitiba no final do ano passado acusou que a Prefeitura de Araucária não havia repassado a totalidade do dinheiro arrecadado com a venda dos produtos. Inicialmente, o furo apontado foi de quase R$ 500 mil. Diante da situação, o município vizinho oficiou o então prefeito Albanor José Ferreira Gomes (PSDB) em 3 de dezembro de 2012 e informou que se o dinheiro não fosse pago o convênio não poderia ser renovado e, por consequência, os armazéns não seriam reabertos.

Zezé, como se sabe, deixou a Prefeitura em 31 de dezembro sem solucionar o problema. Quando assumiu o comando da cidade, o prefeito Olizandro José Ferreira (PMDB) até que tentou descascar o abacaxi e propôs ao prefeito Gustavo Fruet (PDT) depositar os cerca de R$ 500 em juízo até que os culpados pelo sumiço do dinheiro fossem identificados. A Secretaria de Agricultura de Curitiba, no entanto, não concordou com a proposta e ainda afirmou que refez a auditoria e que o furo não era mais de R$ 500 mil e sim de R$ 1,2 milhão.

Acredite quem quiser
Apesar de os armazéns terem fechado em dezembro do ano passado e a Prefeitura de Curitiba ter informado Araucária do furo ainda enquanto Zezé era o mandachuva da cidade, em entrevista ao Paraná TV desta segunda-feira, Albanor teve a coragem de dizer que enquanto foi prefeito não houve irregularidades. A declaração não agradou o atual prefeito. “Não é aceitável uma declaração dessas, pois os documentos comprovam que os problemas que impedem a reabertura dos armazéns foram identificados no período de 2009 a 2012”, enfatizou.

Apesar do descontentamento com as declarações do ex-prefeito, Olizandro afirmou que a Prefeitura está fazendo o possível para – dentro da legalidade – resolver o problema que herdou. “A população não tem culpa dos erros cometidos por quem nos antecedeu, mas infelizmente são as pessoas que precisam dos armazéns que estão pagando. Tanto a Secretaria de Agricultura, como a Procuradoria do Município tem se debruçado na busca de uma alternativa para que possamos reabrir os armazéns, mas não está sendo fácil. Afinal, não posso simplesmente tirar R$ 1,2 milhão dos cofres da Prefeitura para pagar uma dívida sem que os responsáveis por ela sejam identificados e responsabilizados”, explicou.
 

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