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Saída repentina de pároco intrigou a comunidade
Paróquia Senhor Bom Jesus, no Costeira, vive momentos de dúvida com relação à saída do Pe. Francisco

A saída repentina do padre Francisco de Assis Rodrigues, pároco da paróquia Senhor Bom Jesus, no Costeira, está intrigando os fiéis. O sacerdote completaria três anos de direção espiritual e administrativa da paróquia em agosto, e saiu por determinação da Congregação da Missão Província do Sul.

Boatos dão conta de que o padre estaria envolvido em casos de pedofilia, mas as denúncias não foram confirmadas. Nas últimas semanas, a redação do Jornal O Popular também recebeu algumas acusações por telefone, no entanto, nenhum dos denunciantes quis se identificar ou conversar pessoalmente com nossos repórteres.

Entramos em contato via telefone com o Provincial da Congregação, Pe. Fabiano Spisla, mas ele se recusou a dar declarações por telefone; tentamos então marcar um horário para ir pessoalmente a Curitiba, mas ele desconversou e disse que não poderia nos receber ao longo desta semana.

Sem pároco, a Paróquia do Costeira está, provisoriamente, sob o comando dos diáconos. Um deles é o coordenador geral Marcos Leandro Tokarski, que também disse desconhecer os reais motivos do afastamento do padre Francisco. “O Provincial Pe. Fabiano reuniu as lideranças da comunidade no dia 15 de maio para comunicar o afastamento do padre, mas não entrou em detalhes. O que sabemos é que ele (Francisco) é um padre missionário da Congregação Vicentina e, às vezes, eles ficam menos de um ano em um local e são retirados, sem muitas satisfações. São padres missionários, que desempenham um trabalho de evangelização e, digamos assim, este é um trabalho itinerante”, explicou.

Divisões
Tokarski comentou que o Padre Francisco, quando chegou à comunidade, criou afinidade com alguns grupos e, de igual maneira, não foi bem aceito por outros, devido ao choque de ideias. “Muitas pessoas não aprovaram a maneira de ele conduzir os trabalhos da paróquia, mas isso é um fato normal, que acontece em várias paróquias, o que não justifica a saída repentina dele”, pontuou.

Ele disse ainda que os diáconos juram fidelidade para trabalhar em conformidade com o pároco, independente de aceitar ou não a maneira com que ele conduz os trabalhos. “Sobre as acusações que envolvem a conduta pessoal o padre Francisco não podemos falar, pois nunca recebemos denúncias diretas aqui na paróquia, o que ouvimos foram apenas boatos, que ainda não se confirmaram. Nós, os diáconos, sempre tivemos um trabalho muito profissional; não havia intimidades para tratar de certos assuntos com o pároco”, concluiu.

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