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SEED faz mudanças no Ceebja e alunos reclamam
Alunos reclamam porque novas APEDs ficaram longe de suas casas

Alunos do Centro Estadual de Educação Básica para Jovens e Adultos – Ceebja de Araucária estão indignados com uma mudança que foi implantada pela Secretaria de Estado da Educação (SEED). A secretaria encerrou uma parceria que mantinha com a Prefeitura Municipal e retirou as Ações Pedagógicas Descentralizadas (APEDs), que são as turmas de ensino fundamental e médio que funcionavam no período noturno, nas escolas municipais, e passou-as para os colégios estaduais.

Segundo o Núcleo Regional de Educação, Setor de Educação de Jovens e Adultos, eram 15 APEDs e agora serão 10, e destas, apenas seis estão aptas a funcionar, pois as outras quatro ainda não foram liberadas por falta de documentação por parte do Ceebja.

O Núcleo argumentou ainda que algumas unidades não tinham o número mínimo de alunos, que é 20, o que não justifica serem mantidas. Outra justificativa dada pela SEED foi a de que as escolas municipais não possuem recursos pedagógicos, como biblioteca e laboratório, adequados para atender jovens e adultos.

Quatro APEDs antigas ainda vão permanecer em escolas municipais até que os alunos concluam as disciplinas em andamento. São elas: Escola Eglé Cordeiro Pinto (Capela Velha), Escola Maria Aparecida Saliba Torres (Campina da Barra), Escola Nadir Nepomuceno Pinto (Costeira) e Escola Ayrton Senna (Capela Velha). As unidades novas que vão funcionar em colégios estaduais são: Colégio Araucária e Colégio Guajuvira.

As APEDs que ainda aguardam documentação para serem liberadas ficam nos colégios: Helena Wysocki, João Nerli da Cruz, Vespertino Pimpão, Cleide Leni Kurzawa e Elzeário Pitz.

Medida provocou revolta
O diretor do Ceebja local, Mauro Nishimura, comentou que a mudança das APEDs começou em julho do ano passado e, desde então, o próprio colégio, pais e alunos se mobilizaram para tentar reverter a situação. “Fizemos ofícios e abaixo-assinados e enviamos para o Conselho Estadual de Educação, mas eles alegaram que a decisão é irreversível e que não querem mais a parceria com a Prefeitura. Vamos continuar tentando reverter esta decisão, mas está difícil”, ponderou o diretor.

Mauro acrescentou ainda que esta atitude da SEED vai gerar um número gigante de desistências e, pra piorar, as escolas estaduais estão sucateadas e faltam salas pro ensino regular, quem dirá pro ensino de jovens e adultos. “As matrículas e as aulas começaram ontem, dia 14, e daqui uma semana vamos poder medir o grau desta evasão”.

A presidente da associação de moradores do Jardim Santa Eulália, Lucimara Covaleski, disse que recebeu um abaixo-assinado elaborado por alunos da região, que frequentavam a APED na Escola Municipal Maria Saliba Torres e pedem o retorno das aulas na instituição. “Eles alegam que agora terão que percorrer um trajeto bem maior para chegar ao novo colégio, e o que é pior no período da noite, quando a falta de segurança é ainda maior”, argumentou a líder comunitária.
 

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