Seis anos de coluna do polaco atrapalhado
Para comemorar o Polaco entre em nova temporada

Um tal polaco atrapalhado, agricultor, solteirão e que mora sozinho, acredite, está fazendo seis anos de sucesso com uma coluna aqui no O Popular. Adivinharam quem é? Sim, Isidório Duppa, o personagem inocente do empresário Gláucio Karas, fecha mais uma realização de sucesso completando seu sexto ano como colunista do jornal. “Ele analisa o mundo conforme sua vã filosofia, de modo peculiar, mas que preserva ainda os costumes e tradições do imigrante”, conta Gláucio quando reflete sobre quais são os atrativos da coluna de seu personagem.

Como contou o Gláucio, Isidório ‘nasceu’ em 2001, quando gravou o primeiro cd do personagem na dupla Isidório Duppa e Vadequinho, mas foi com o segundo cd, o “Trator Envenenado”, que o personagem passou a ser reconhecido: “Eu fiz para tirar sarro, cantando paródias de músicas conhecidas com sotaque de polaco”, relembra. Alguns anos depois, já em 2007, Gláucio, ou melhor, Isidório, foi convidado para escrever uma coluna no O Popular, contando todas suas aventuras e pensamentos sobre a vida.

Desde então, são mais 300 publicações: “Eu falo como Isidório algumas coisas que queria falar como Gláucio e não posso”, ri. “Na coluna falamos de causos e situações da vida do polaco. O Isidório relata o que ele pensa, coisas que muitas vezes não condizem com a realidade, é o mundo dele. A maioria das situações são imaginárias, hipotéticas, mas que sempre têm um quê de verdade. Por exemplo, agora o Isidório vai se inspirar em uma situação em que ele da entrevista para uma jornalista”, explica, fazendo alusão a conversa que estávamos tendo.

A coluna deu tão certo que virou um livro. Com uma coletânea das colunas publicadas no jornal entre 2007 e 2009, Gláucio lançou um livro e afirma que viveu uma emoção diferente em seu lançamento. Mas os planos não param por aí, já estão previstos o lançamento de mais dois livros que vão reunir os demais textos publicados desde então: “Em determinadas situações Isidório é crítico, mas na maioria das vezes é um personagem ingênuo e a ignorância e burrice ficam engraçadas. Não acho que exista um sucesso, é insistência do polaco. Muitas pessoas se identificaram, a colônia polaca é resistente a muitas coisas e, de certa forma, meio envergonhada de mostrar seu sotaque, cultura, pessoas um pouco retraídas e Isidório vem para mostrar que a coisa não é bem por aí. Muita gente acabou se identificando e daí a permanência do personagem”, revela.

Temporada
E não é só de escritos que o personagem vive, Isidório Duppa já acumula quatro peças teatrais. Inclusive, a primeira peça, a tão famosa ‘Semo Polaco Non Semo Fraco’ entra em sua 9ª temporada no teatro Barracão EnCena, em Curitiba. Mais de três mil pessoas já viram a saga de Isidório Duppa e sua Irmã Flortcha, os polacos da roça que arrancam risadas do público ao se envolverem com Keith Lua, Trambolhão e Nick Bombinha.

A peça tem a direção de Juscelino Zílio (Enigma, Domésticas, Três no Motel, entre outras) e produção de Mevelyn Gonçalves. No elenco estão: Gláucio Karas, Ana Paula Machado, William Barbier (Malhação), Edy Nascimento e Ademar Volpi. A peça fica em cartaz do dia 28 de setembro até 20 de outubro, todos os sábados, às 21h, e domingos, às 20h. os ingressos custam R$30,00 e meia R$15,00. Agora, para quem leu até aqui também tem um belo presente, basta chegar na bilheteria do teatro e dizer a senha: “SOU AMIGÓN DO POLACÓN” que vai pagar meia entrada.

Fã número 1

Seis anos de coluna do polaco atrapalhado
Ele guarda tudo que consegue do polaco Isidório Duppa

Ele fala com euforia de um sujeito, mas esse sujeito não é qualquer um que se encontra facilmente nas ruas da cidade, é um personagem pelo qual ele é fã número 1. Reilson Wagner, 49 anos, mais conhecido como Juca, funcionário público, é um brinde a arte por suas possibilidades, já que dedica bom tempo de sua vida a acompanhar o que o personagem Isidório Duppa, de Gláucio Karas, faz por aí: “Ele tem muita criatividade, gosto de tudo que ele faz. Tem uma comédia interessante e que a gente entende fácil. A gente acompanha um humor muito fraco por aí e ele empolga o pessoal, além disso fala sobre a cultura de Araucária”, revela o fã.

Como conta, o gosto por Isidório começou quando o personagem lançou o primeiro cd: “Minha mãe tinha escutado e me falaram que ele tinha um show muito legal. Eu acabei perdendo o primeiro, mas a partir do segundo até hoje eu nunca mais perdi nenhum”, conta. Assim, Juca acompanha todas as apresentações de Isidório em Araucária, vai para muitas das que acontecem em Curitiba e já foi para a Lapa e Campo Largo para ver os shows do artista. Além disso, o fã também coleciona tudo o que é do artista, tem um baú cheinho de fotos, pôsteres, cartazes e possui todas as colunas escritas por Gláucio Karas, como Isidório, no O Popular.

Juca, inclusive, já fez materiais especialmente preparados para o personagem, como botons, chaveiros e canetas. Além disso, sempre leva parentes e amigos para o show: “Teve uma vez que eu levei 25 pessoas. Também compro livros e dou para os meus amigos”, revela. Além de fã, Juca também se tornou bom amigo de Gláucio Karas: “Vou atrás dele quando preciso de alguma coisa do personagem e ele também vem atrás de mim, porque tenho tudo, acho que tenho mais coisas que ele, inclusive”, ri. E, ainda de acordo com o Juca, foi ele quem incitou o costume dos fãs de tirarem foto e pedir autografo com o Duppa: “No começo acabava o show e ele já ia se trocar, aí falei para ele que o pessoal gostava de fotografar com e pegar autógrafo e ele começou a ficar”. Juca agradece o Isisdório Duppa por existir: “Araucária tava precisando de um show tão animado”.