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No último mês, a Lei de Dire­trizes Orçamentárias (LDO) para 2017 foi votada pela Câmara Municipal. Alegando a usual desculpa da crise, o orçamento do ano que vem teve uma diminuição de R$55 milhões só na Secretaria de Saúde e mais de R$1 milhão na Secretaria de Segurança! Ou seja, cortam nos serviços públicos essenciais para a população e mantém gastos que não beneficiam em nada os cidadãos da cidade, como a Secretaria de Comunicação.

Nós defendemos a redução de gastos da máquina pública, mas de gastos supérfluos, como os cargos comissionados e as propagandas. O problema não é que a gestão economize, o problema é onde economizar. Essa economia não deve, de forma alguma, ser nos serviços públicos para a população!

O corte de mais de 100 cargos comissionados na última semana seria ótimo, se 28 apadrinhados da gestão não tivessem sido contratados uma semana antes. Além disso, esse deveria ter sido o primeiro corte da administração pública quando a tal da crise chegou. Mas antes de mandar cargos comissionados embora, preferiram não pagar as progressões dos servidores, diminuir o horário de atendimento dos postos, proibir horas-extras e até demitir médicos terceirizados. E essas últimas medidas só não foram integralmente levadas para frente pela resistência da própria população que depende desses serviços.

Agora, mostrando mais uma vez que a prioridade de onde cortar gastos não faz sentido e não privilegia os cidadãos de Araucária, a gestão propõe juntar as secretarias de Cultura e de Esporte. Isso nos deixa em alerta, pois a cultura deveria ser incentivada e promovida pelo poder público e não cortada. A administração garante que não haverá nenhum corte de verba, que elas serão somadas. Porém, não é isso que temos visto a nível nacional quando se fala em tirar secretarias importantes para a população. Por que, por exemplo, antes de acabar com a Secretária de Cultura não dão um fim à Se­cretaria de Comunicação, que até agora ninguém entendeu quais os benefícios que ela traz para os moradores de Araucária?

Não podemos pagar o preço da crise! NENHUM DIREITO A MENOS!

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