Sem Norte!

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Nesta semana, vence o contrato de gestão existente entre a Prefeitura e a entidade que administra o Hospital Municipal de Araucária (HMA). Tal acordo não pode ser prorrogado. Todos sempre souberam que ele não poderia ser mais aditado. Mesmo assim, sabe-se lá porque, até agora não foi publicado o edital para escolha da nova (ou da mesma) organização que gerenciará a unidade pelos próximos trinta meses.

A aparente falta de preocupação em que a nova organização fosse escolhida sem atropelos é mais uma prova de como estamos vivendo mais uma administração sem norte. De novo, era previsível que a gestão herdade pelo atual prefeito de seu antecessor seria problemática, muito por culpa do modo como ela foi conduzida de 2009 a 2012. Isso, porém, nem de longe deveria ter tornado o ano de 2013 e esse primeiro semestre de 2014 perdidos, administrativamente falando.

Digo, administrativamente falando, porque em termos de obras, temos algumas coisas acontecendo. Muitos serviços de pavimentação que, sem dúvida, melhorarão a infraestrutura dos bairros onde esses trabalhos estão sendo executados. Porém, só isso não basta. Não é isso que melhorará a avaliação do governo perante a sociedade araucariense. E, mais importante: melhorará a imagem do governo daqui alguns anos, quando gerações futuras olharão para trás e se perguntarão o que foi feito entre 2013 e 2016.

Particularmente, esperava mais daquele que conduz o governo municipal. Fosse no caso da gerencia do HMA, que precisava ser revista e aparentemente não será; fosse no caso do Plano de Carreira dos servidores; fosse no caso do excesso de cargos em comissão; fosse no caso dos armazéns da família; dos plantões médicos; da quantidade de secretarias; da relação com o Legislativo; da atração de novas indústrias; da locação de imóveis; da política de habitação; da política de segurança; do número de postos de saúde; da falta de eficiência dos 24 horas quando comparado ao seu custo de manutenção; da melhora da receita; da qualidade no ensino. Enfim, esperava mais em todos os sentidos.

Os mais otimistas, por certo, dirão que ainda é cedo para analisar a gestão, mas não é esse o ponto. A questão aqui não é o tempo de mandato e sim a forma que se desenrola o governo. Tudo é uma mesmice só. O ânimo do comandante mor e de seus comandados não entusiasma, não passa confiança. É como se todos estivessem caminhando, em fila indiana, para um matadouro. Às vezes, a impressão que passa é que o chefe do Executivo não vê a hora de chegar o dia 31 de dezembro de 2016 para que ele possa passar o comando do Município para a próxima vítima. Sim, porque a cadeira de prefeito de Araucária ultimamente parece um cemitério de políticos. Uma pena… para eles e para a cidade.

Até uma próxima.

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