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Sistema vai melhorar a vida de deficientes visuais
Gisele, que perdeu a visão aos 11 anos, fez os primeiros testes

A Prefeitura de Araucária está trabalhando para adaptar a cidade dentro das exigências da NBR 9050 – Denominação de norma da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), no que se refere à acessibilidade de pessoas portadoras de deficiências.

O primeiro passo foi a execução das novas calçadas dentro das normas. Também nos projetos novos de escolas, postos de saúde, banheiros públicos e outras obras que estão sendo feitas pela municipalidade, as construções são adaptadas para deficientes.

Agora, a Secretaria de Urbanismo (SMUR), por meio do Departamento de Trânsito, está testando um aparelho de botoeiras sonoras, projeto piloto no município, que vai auxiliar os deficientes visuais a atravessarem a faixa de pedestres.

O equipamento é o primeiro da cidade e foi implantado no cruzamento da Rua Pedro Druszcz com Avenida Archelau de Almeida Torres. O objeto é prioridade para deficientes visuais, idosos e pessoas com dificuldades de locomoção.

“A Prefeitura está preocupada em fazer estas adaptações. O aparelho sonoro tem um custo elevado, por isso instalamos em apenas um semáforo da cidade para analisar seu retorno e depois existe a proposta de implantá-lo nos semáforos do anel central, que são cerca de oito. O sistema irá auxiliar os deficientes visuais, idosos e pessoas com baixa locomoção”, comentou o secretário de Urbanismo, Mario Torres.

O equipamento funciona da seguinte maneira: é necessário que o pedestre pressione o botão por três segundos. Após isso, será ativado um bip informando que o sinal está verde para a passagem pela faixa. Quando estiver amarelo, o bip começará a apitar com maior velocidade, até que o sinal se feche definitivamente para os pedestres.

Aprovado
A jornalista da Prefeitura, Gisele Zolnier, que perdeu a visão aos 11 anos de idade, participou dos testes de implantação e aprovou a novidade.

“É um projeto inovador para o trânsito de Araucária e merece ser valorizado, pois é mais uma passo rumo à acessibilidade urbana, além de facilitar o dia a dia do deficiente visual. Acho muito importante que em projetos como esses as pessoas diretamente beneficiadas sejam consultadas para dar sugestões, assim como aconteceu nesse sistema”, enalteceu.

Mário Torres comentou que os testes com a jornalista Gisele foram muitos importantes e ajudaram a fazer as adaptações necessárias. “Ninguém melhor do que uma pessoa que vive estas dificuldades do dia a dia por não enxergar para dizer se o sistema é válido ou não”, afirmou.

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