Presidentes de partidos locais consideram que idéia não é boa e inviabilizaria a candidatura de muitos “escadinhas”

Em Araucária não existe nenhum vereador que possa ser considerado “arrasa- quarteirão”, aqueles políticos que não precisam dos votos do partido para garantir uma vaga na Câmara Municipal. Logo, aqueles candidatos que conseguem poucos votos, os chamados “escadinhas”, são de fundamental importância numa eleição, pois é só com a ajuda deles que um partido consegue eleger um representante no parlamento municipal.

Mesmo com tamanha importância no cenário local, muitos “escadinhas” pertencentes ao grupo do atual prefeito dizem estar receosos com os boatos de que a base estaria cogitando a hipótese de lançar somente 66 candidatos a vereador nas eleições deste ano. “Assim não vai ter espaço pra mim”, chiou um candidato “nanico”, que pediu para ter seu nome mantido no anonimato.

Embora possa parecer loucura, afinal, pela lógica, quanto mais candidato a vereador melhor para a base, pois haveria mais gente pedindo votos para o partido e para o candidato a prefeito, a idéia de lançar apenas 66 candidatos chegou a ser cogitada pela alta cúpula do atual prefeito. “Pensamos em lançar três frentes de 22 candidatos. Assim concentraríamos recursos e esforços nestes nomes”, disse um alto comissário de Olizandro. “Porém, acredito que a idéia não vá vingar”, complementou.

O Popular ouviu diversos presidentes de partidos da situação, que, sob a condição de não terem seus nomes divulgados, rechaçaram a idéia. “Isto desmotivaria os candidatos menores, que acreditam que ao ir pro sacríficio numa eleição garantem a permanência na seqüência do mandato”, disse um presidente do partido. “O ideal seria que lançássemos, no mínimo, cinco frentes, com 22 candidatos cada”, defendeu outro.

Coligações
Maior do que a discussão de qual é o número ideal de candidatos a serem lançados, é o desafio da base de conseguir fechar coligações proporcionais capazes de fazer a quantia de votos necessária para eleger no mínimo um edil.

Outro problema é o fato de que alguns partidos não aceitam se coligar com outros do grupo por divergências internas. Todos estes problemas, dizem vários presidentes de partidos, têm que ser vencido o mais breve possível.