O segundo trimestre de 2009 não trouxe boas notícias para as finanças do Município. Ao contrário dos três primeiros meses do ano quando, ao compararmos com o mesmo período de 2008, a principal receita externa da cidade, o ICMS havia até crescido. No segundo trimestre nossa principal fonte de recurso caiu consideravelmente. Para se ter uma ideia do baque para os cofres públicos, nos seis primeiros meses deste ano Araucária recebeu R$ 94.427 milhões em ICMS. No primeiro semestre do ano passado, havíamos recebido R$ 96.060 milhões. Ou seja, queda de R$ 1.632 milhões. Só em junho passado, recebemos de ICMS R$ 4 milhões a menos do que junho de 2008 (veja tabela abaixo).

As outras duas principais fontes de receita externa do Município, Fundeb e FPM, ainda não apresentam queda no acumulado geral do ano, quando comparado com o mesmo período do ano passado. No entanto, a redução do ICMS, responsável por cerca de 70% de tudo o que arrecadamos é devastador para os cofres públicos. Mais do que nunca será necessário austeridade da Prefeitura no trato do erário, uma vez que esta realidade de queda na receita deve persistir até o final do ano, pelo menos.

A redução dos repasses de ICMS é a prova cabal de que a crise chegou e de que nossas indústrias estão vendendo menos, principalmente a Refinaria Presidente Getúlio Vargas (Repar), maior geradora de ICMS de todo o Paraná. Pessoas ouvidas pelo O Popular também atribuem a queda da receita às isenções de ICMS que o Governo do Estado concedeu no início do ano há vários setores da indústria.

Só em junho, cidade perdeu R$ 4 milhões em ICMS