Taxistas reclamam da invasão de “clandestinos”
Na reunião, Prefeitura garantiu que será mediadora na questão

A proliferação de táxis irregulares em frente ao Armazém da Família, no Jardim Planalto, foi alvo de inúmeras denúncias feitas pelos taxistas de Araucária. Segundo eles, é uma concorrência desleal. Os irregulares ganham dinheiro sem ter nenhuma licença, não recolhem impostos para os cofres públicos e ainda trazem risco para a integridade de seus passageiros, pois carregam pessoas em excesso, sem cinto de segurança e outras irregularidades”, disse um dos taxistas.

“O município tem a obrigação de fiscalizar para coibir os clandestinos, pois os taxistas profissionais são extremamente cobrados e não podem ser prejudicados. Aqui no armazém, por exemplo, eles estão atuando há anos de forma irregular e precisam ser parados. Nós ganhamos este ponto há apenas dois meses e ainda precisamos conquistar os clientes”, denunciou outro taxista.

Inconformados com o impasse, os taxistas realizaram protestos ao longo da semana, pedindo providências ao poder público. “O problema é que a gente reclama para a CMTC (Companhia Municipal de Transporte Coletito) e eles alegam que a responsabilidade na fiscalização é da Polícia Militar, já a PM diz que quem deve fiscalizar é o órgão de trânsito (departamento de trânsito da Secretaria Municipal de Urbanismo), e este, quando procurado, joga o problema de volta para a CMTC. Nesse jogo de empurra-empurra, ficamos sem saber a quem recorrer”, comentou um taxista.
De quem é a culpa?

A reportagem do Jornal O Popular procurou a CMTC, que confirmou não ser responsável pela fiscalização dos táxis clandestinos, apenas dos carros que têm permissão para atuar no município. “Quem deve responder por isso é a PM ou a Guarda Municipal”, disse a CMTC. Interpelada sobre o assunto, a Polícia Militar alegou que só pode autuar se for flagrante, mas que também não é responsável por este serviço.

O Popular procurou ainda o secretário municipal de Urbanismo, Mário Torres, que alegou não ser da SMUR a função de fiscalizar os táxis clandestinos, mas disse que convocaria uma reunião para ontem, dia 9, com todos os órgãos envolvidos na questão, inclusive os taxistas, para definir que medidas seriam tomadas.

Durante a discussão, que aconteceu na sede da secretaria de Urbanismo e reuniu taxistas, Polícia Militar e a Companhia Municipal de Transporte Coletivo, Torres disse que a Prefeitura será mediadora e buscará viabilizar para que tanto os taxistas como os freteiros tenham seus direitos preservados.

“No momento, a legislação permite apenas que o táxi faça esse tipo de transporte. Porém, a CMTC juntamente com demais órgãos responsáveis estudarão uma forma para que a categoria dos freteiros não fique desamparada e para que ninguém seja prejudicado”, pontuou.

“A reunião foi bastante produtiva. A Prefeitura vai estudar o caso e vamos continuar prestando nossos serviços no ponto do Armazém da Família”, comentou Luiz Carlos Rocha, presidente da Rádio Táxi Araucária.