Mesmo que a estação e as vias férreas tenham deixado de existir neste local que vemos em uma tomada aérea do ano de 1957, o nome do Bairro Estação aqui em Araucária permanece assim como ficou conhecido desde a sua fundação. Na época o movimento diário dos trens era o meio de transporte mais eficaz para pessoas e mercadorias.

O Bairro chegava a ser mais movimentado que o centro de nossa cidade, várias construções comerciais e residenciais se avizinhavam à estação ferroviária, grande parte como podemos ver aqui em uma tomada aérea, o que era esse bairro e as diversas construções que havia neste centro de grande atividade.

Os barracões vistos na parte de baixo da foto pertenciam à Família Jess, eram utilizados como depósito de produtos agrícolas como da produção de linho que eram levados para a Fábrica de Tecidos de Linho São Patrício localizada no Centro, atualmente de atividades encerradas e também Depósito de Batatas, no tempo que Araucária mantinha a o título de cidade de maior produção de batatas, atualmente as atividades encerradas e os barracões não existem. Na esquina de frente aos trilhos o antigo casarão que serviu de Bar e Armazém do Sr. Fontana, Dona Rosa e do Padilha (todos já de saudosas memórias).

Do outro lado na rua já na esquina algumas das construções de propriedade da Sra. Eufrosina Tyrka (in memoriam) sendo que as de portas e janelas voltadas para a Rua Jeronin Durski eram residências e o mais longo voltado para a estação ferroviária era a primeira instalação do Armazém do Waseko e também foi a Sede da Sociedade Operária Beneficente de Araucária – SOBA antes da construção na Rua Dr. Victor do Amaral.

A foto mostra a antiga estação ferroviária ainda em madeira, e que foi destruída por um incêndio nos anos 60, na linha férrea alguns vagões aguardam a locomotiva para seguirem, as casas a direita pertenciam à Dona Eufrosina e no final a residência e também comércio da Família Jacomel, essas casas estão na Rua Pedro Pizzatto e seguia além da residência da Família Jacomel adentrando na propriedade da Família Rodrigues onde terminava. À esquerda da linha dos trens um estabelecimento branco que aparece apenas parte das janelas e que até hoje permanece foi um armazém da propriedade da Família Baja já na Rua Gabriel Campanholo, uma das ruas mais antigas do bairro que ladeava a estrada de ferro.

Depois da desativação total da estação ferroviária, prédio e linhas, tudo por aqui mudou. A PR 423 tomou esse lugar e nunca que não teve mais o mesmo encanto, passou a ser mais um lugar onde o progresso chegou e mudou tudo que se conhecia deixando lembranças e saudades, especialmente quando olhamos para os vagões parados que aguardam a locomotiva fazer a troca de linhas e novamente os caminhos da estrada de ferro seguiu até o final dos anos 70 ou início da década de 80, quando as linhas férreas foram desmontadas e a estação demolida, deixando mais uma grande saudade marcando nossa cidade.

Texto de responsabilidade de TEREZINHA DE S. POLY – Administradora da Página Araucária uma Cidade uma Saudade do Facebook.

Edição n.º 1465.