A Banda Municipal de Araucária está enfrentando uma de suas piores crises. No início da semana, a exoneração do maestro Caio Perotti, pegou todos de surpresa. Perotti estava na regência da Banda há 13 anos e seu afastamento causou indignação entre os integrantes. Ele foi substituído por Rogério Antônio Tomazi, seu então auxiliar.
Ao receber a notícia da demissão do maestro através da secretária de Cultura e Turismo, Tânia Gayer, 65 dos atuais 75 integrantes, deixaram a corporação. “Ficamos decepcionados porque ninguém veio nos comunicar sobre a mudança, sequer pediram a nossa opinião. Além disso, o Caio iniciou vários projetos dentro da Banda e não é justo que agora ele tenha que sair dessa maneira”, reclamou Cristiane Dutra de Oliveira, que deixou a Banda após 13 anos.
Também com 13 anos de participação da corporação, Eder Melotto disse que a situação da Banda agora se complicou. “Sempre apoiamos o Caio e não seria agora que o abandonaríamos.
Ele sempre venceu todos os problemas que a Banda enfrentou, deu a volta por cima, tentou dar o melhor de si. A Prefeitura tomou uma atitude sem nos consultar, pois não somos funcionários, somos pessoas que participam de um projeto por vocação, por amor e não por uma bolsa (artista) de R$ 100,00”, disse.
Eder comentou ainda que os alunos que saíram não concordaram com a imposição de simplesmente trocar de maestro e achar que tudo continuaria como antes. “Nos afastamos e temos a certeza que isso vai estremecer a estrutura da Banda”, disse.
Duanelly Borges Sampaio foi outra integrante que saiu da Banda ao tomar conhecimento da exoneração do maestro Caio. “Tínhamos um projeto, éramos como uma família e agora que tiraram o Caio é como se tudo isso fosse esquecido. A Banda não era um setor para nós, era nossa segunda casa, pois estávamos ali por amor e nos dedicávamos àquilo que fazíamos”, lamentou.
O motivo
Interrogada sobre a questão, a Prefeitura Municipal, através da assessoria de comunicação social, disse que o maestro Caio Perotti foi exonerado assim como os demais Cargos Comissionados (CCs) da gestão anterior.
Procurado pela reportagem do Jornal O Popular, Caio Perotti preferiu não se manifestar sobre o ocorrido.