Em agosto, construção já era iniciada enquanto crianças treinavam
Mostrando a união de todos, a equipe que organiza os eventos no campinho do Jatobá reuniu a galera do bairro e fez uma “vaquinha” para contratar um advogado para brigar pelo uso do terreno do campo. O Dr. Ricardo Escher entrou de parceiro nessa luta e já conquistou alguns passos significativos para a posse de usucapião – direito que um cidadão adquire, relativo à posse de um bem móvel ou imóvel, em decorrência do uso deste bem por um determinado tempo.
De acordo com o advogado, pela importância social e histórica, é necessário que o terreno continue a ser usufruído pelo pessoal do bairro. “Naquele local funciona, a partir da associação dos moradores, um projeto social muito bacana; eles já utilizam e fazem melhorias no terreno há 20 anos. Há relatos, por exemplo, de um garoto que tem o pai traficante, mas que não caiu das drogas por conta das ações que envolvem o futebol no campinho”, explicou. Conforme completou, os passos iniciais para o processo já estão em andamento e, se tudo ocorrer bem, logo os moradores poderão continuar seus planos e projetos no campo, deixando a bola rolar.
Construção
Toda essa confusão foi gerada há alguns meses, quando os moradores do Jatobá se revoltaram com a notícia de que o único campo de futebol do jardim iria sumir para dar lugar a um condomínio fechado. Além de funcionar como local para jogos da população, também é utilizado como sede para os treinos do projeto social “De olho no futuro”. “Eles vão construir um prédio, mas antes disso deviam fazer nosso campo”, afirmou Guilherme, 12 anos, que treina no Projeto e não consegue entender como uma construção pode ser mais prioritária do que um campo de futebol.