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Nesses 10 anos de trajetória, o URRA! galgou um caminho ainda maior do que o, já com muitos méritos, de ser um festival de rock de bandas de Araucária, além disso, nessa trajetória, o evento e o movimento se firmaram como espaço de expressão artística livre, onde todas as manifestações são bem-vindas e aplaudidas. A realização dessa XI edição, que aconteceu no final da semana passado, 10 e 11 de agosto, no Teatro da Praça, ainda foi mais longe, além de comprovar para que veio, o URRA! mostrou que para que uma boa ideia se forme realidade, basta ter pessoas dispostas a isso. Com organização e peito para fazer o espetáculo, a frente do URRA! fez acontecer e rancou elogios dos artistas e do público.

Pedro Sfendrych, um dos organizadores do evento, conta orgulhoso sua realização: “Foi sem dúvida uma das melhores edições que o evento já teve, as apresentações tiveram uma qualidade incrível, todas as bandas, sem exceção fizeram shows impecáveis, as performances de outras vertentes culturais enriqueceram o evento de maneira ímpar, a equipe trabalhou como um relógio e o público interagiu o tempo todo. Estou muito feliz com o resultado, estão todos de parabéns, o conjunto foi perfeito!”. E foi justamente dessa união entre todos os envolvidos o grande mérito do URRA! XI: “Todo mundo estava unido por um objetivo comum e disposto a ajudar ao máximo, inclusive o público que captou esse espírito e aplaudiu e incentivou a cada pausa, cada apresentação”, confirmou Pedro.

Com participação coletiva na efetivação do evento, o URRA! permite que todos os integrantes se sintam pertencentes ao projeto, se reconheçam em cada detalhe do espetáculo: “O URRA! foi lindo. A participação das bandas na organização foi essencial para que o evento saísse como planejado. Fiquei muito feliz em ver muitos desconhecidos na plateia. Além de intervenções de teatro e poesia, tivemos a dança como uma grande parceria que, com toda certeza, vai continuar pelos próximos eventos. Como o Cleverson Honório disse em seu resumo sobre o URRA!: “parceria”, essa é a palavra que resume bem o evento URRA XI”, confirmou Everson Santos, também organizador.

As Bandas
Affection for You, Romeu e Juliana, e Stellium (no dia 10), e Quart, Chiwitz e Cobaias Rock Clube (dia 11) foram as bandas selecionadas para musicalizar o URRA!. A diferença desse ano é que os grupos escolhidos estrearam no evento, o que abriu muitas portas e estimulou os músicos. A satisfação das bandas foi única, saíram todos arrepiados com vontade de mais. Victoria Lionço, da Banda Affection For You, comprova: “Gostamos de tudo, foi bem organizado e fomos muito bem recebidos pelo pessoal. Eu, particularmente, me senti super a vontade. Minha ansiedade talvez tenha me deixado meio acanhada no palco, mas quando canto já desaparece. Sempre quisemos tocar no URRA!, foi uma honra pra mim e para os outros integrantes participar desse evento. Essa edição nos deu a oportunidade de mostrar nosso trabalho, mostrar quem somos, e fazer com que as pessoas nos conheçam de verdade! Valeu a pena cada segundo que estive no teatro”.

Em nome da banda Quart, Luis Oliveira relatou o quanto o momento foi importante para o grupo: “O URRA veio com uma ideia de inovar. E conseguiu. Neste novo começo, novo ciclo, já deu uma grande oportunidade para bandas até então não vistas ou pouco conhecidas. Agradeço em nome de todos por terem nos dado a oportunidade de estrear nesta nova fase. Valeu mais do que a pena. Contou como uma experiência inesquecível, porque foi algo tão verdadeiro que estava rolando lá em cima daquele palco que a galera se encontrou”

Cleverson Honório, também confirmou a alegria da banda Stellium em compor o URRA! XI: “Achei sensacional. Foi revigorante participar deste URRA justamente por ver que tem outras pessoas investindo em música com um profissionalismo muito grande, e, além disso, gente muito jovem, que está preocupada em ter um nome, um som singular e fazer um show que mantenha o público do começo ao fim, enfim, fazer algo que possa ser memorável e não tocar apenas por hobbie. (…) o URRA faz o papel de mostrar que tem coisa nova acontecendo na cidade, colocando os holofotes nesse pessoal, embora muitos voltem seus olhares para os mesmos de sempre”, afirma.

Mas, apesar dos elogios sinceros, Cleverson sentiu falta de mais produção araucariense: “O ponto fraco é que eu gostaria de ter ouvido mais composições autorais por parte das bandas. Nós investimos nosso show todo nisso, enquanto a maior parte delas investiu mais em covers, o que não é necessariamente ruim, mas em minha opinião, o papel do URRA é justamente dar a oportunidade das bandas exporem suas músicas sem medo, o que não ocorre normalmente em festivais, e em shows ou bares”, explica.
Mais expressões
Mas não foi só a música que entrou em cena, as intervenções cênicas fizeram do URRA! um espaço ainda mais legitimo quanto evento cultural amplo; o evento, por exemplo, apresentou o curta metragem “Cor Favorita” de Jhonny Castro e se embelezou com um varal de poesias com as camisetas da sociedade poética dos mortos vivos. Além disso, Beka Krawlin e Taiana Rocha, apresentaram uma performance de dança, pela primeira vez, no evento: “A performance da poesia foi feita através do poema Causa e Efeito, tentamos interpretar o rapaz Humberto que fica encantado quando vê Carolina na festa e se desespera quando ela some e ele não vê”, explicou Beka. Além disso, as meninas também interviram na musica Black Angel que a banda Stellium tocou. “Foi algo incrível, foi uma mistura que realmente deu certo! A cultura é algo extremamente importante pra cidade, pois mostra a sua personalidade, diz sobre o seu povo”, explicou Taiana sobre o que sentiu. “Por não termos muitas oportunidades por falta de espaço e auxílio, eventos assim são muito importantes e tentamos aproveitar ao máximo sempre e agradar ao publico para que possam ocorrer outros mostrando toda essa arte”, completou Beka

O ator Fernando Vidal também subiu aos palcos para uma atuação com texto e direção de Paulo Diniz e rancou sinceros aplausos do público. Quem também mostrou seu talento foi Ana Paula Frazão que, durante a apresentação da banda “Romeu e Juliana”, interpretou um texto da Dorothy Parker, uma cronista norte americana, da década de 1920. Ela que já participou da edição anterior, acredita que o URRA! é a possibilidade da sociedade se mostrar: “Vejo o URRA se delinear no que precisamos construir em várias frentes, tanto nas áreas artísticas quanto sociais, que é o protagonismo da sociedade civil. As pessoas se organizando e realizando, isso é o que vem transformando as realidades em muitas cidades. As pessoas cansam da inoperância do ‘poder público’ e tomam a ‘rédeas’ decidindo o formato e que tipo de manifestação se dará. Isso é genuíno e transforma a autoestima dos participantes, simplesmente porque se reconhecem no ato. Isso é valorização e reconhecimento o que leva ao sentimento de pertencimento, o que faz com que todos os participantes, eu inclusive, saiam do URRA com a sensação de orgulho. Orgulho do URRA, orgulho de Araucária e orgulho dos artistas araucarienses, porque o evento foi muito bom e muito nosso!”, enfatiza.