Apenas o vereador Esmael Ferreira Padilha (PSL) votou contra o projeto de lei que dobrou o salário de todos os cargos em comissão da Prefeitura e da Câmara de Araucária. A primeira votação da proposição ocorreu na noite de ontem, dia 29.

Durante a discussão do projeto, vários vereadores fizeram uso da palavra para tentar explicar que – na verdade – eles não estavam dobrando o salário dos comissionados, mas sim incorporando aos vencimentos destes servidores a gratificação 100% por dedicação exclusiva que todos os comissionados já recebem.

A justificativa é uma meia verdade, uma vez que o Tribunal de Contas do Estado do Paraná (TCE) considerou que o pagamento deste tipo de gratificação era ilegal e já havia orientado os administradores públicos a cortar a benesse. Aqui em Araucária, para não deixar os indicados na mão, prefeito e vereadores optaram por tranformar a gratificação, que era irregular, em salário fixo. Deste modo, legalizou-se o que era ilegal.
Veja ao lado a tabela com os novos salários dos comissionados da Prefeitura e da Câmara, incluído o reajuste de 6,11% a que todos eles também tiveram direito.

O único

Na sua justificativa para ter votado contrário ao projeto de lei, Esmael argumentou que  será difícil explicar à população que, em tempos de crise mundial, onde milhares de empregos são ceifados diariamente, a Prefeitura e a Câmara de Araucária dobraram os salários dos comissionados sob pretexto de que estariam adequando a lei a uma exigência do TCE.

Favoráveis

Os vereadores que votaram favoráveis para que os salários dos comissionados fossem dobrados são: Adriana Cocci (PTN), Alex Nogueira (PSDB), Clodoaldo Pinto Jr. (PDT), Francisco Carlos Cabrini (PP), Ismael Cantador (PTB), Pedrinho da Gazeta (PMDB), Pedrinho Nogueira (PTN) e Wilson Roberto Mota (PPS). O vereador Alan Henning (PMDB) não compareceu à sessão e Rui Sérgio Alves de Souza (PT), não votou por ser o presidente da Casa.

Vereadores e Zezé incorporam gratificação ao salário dos CC’s