Às vezes, tudo o que alguém precisa é de uma chance. Uma oportunidade concreta para aprender, descobrir-se capaz e, sobretudo, enxergar novos horizontes. Em Araucária, a Secretaria Municipal de Assistência Social (SMAS) tem apostado justamente nisso: em políticas públicas que também abrem portas — para o trabalho, para a renda, para a autonomia.

Ao investir no acesso ao mundo do trabalho de pessoas em situação de vulnerabilidade social, o município tem mostrado que transformar realidades é possível. Histórias antes marcadas por dificuldades e exclusão começam a ganhar contornos de superação, dignidade e protagonismo. Paralelamente, adolescentes têm a oportunidade de iniciar suas jornadas com mais conhecimento e autonomia, entrando no mercado de trabalho de forma mais preparada e confiante.

Essas ações só se tornam viáveis graças à articulação com parceiros comprometidos com o mesmo propósito. Neste ano, iniciamos com muitas oportunidades. Entre eles estão o Governo do Estado do Paraná e o Instituto Grupo Boticário, com o projeto Empreendedoras da Beleza; o SESI, com o programa Vira Vida; o SENAI, com cursos de qualificação; o Instituto Vovó Votorino, responsável pelo projeto Despertar para Autonomia; as instituições GERAR e CIEE, que atuam nos programas de Jovem Aprendiz; o SENAC, que iniciará com a formação de Cuidadoras de Idosos; e a Fundação CSN, com o projeto Mentoria Cidadã. A Panificadora Escola da própria SMAS também soma forças, oferecendo formação no ramo de alimentos, como panificação e kits festa, promovendo geração de renda e liberdade financeira.

Quando há acesso à formação de qualidade, acompanhamento psicossocial e vivências práticas, as possibilidades se ampliam. As pessoas passam a romper ciclos de exclusão e, o mais importante, a se reconhecer como protagonistas de suas próprias histórias. A autoestima cresce, os sonhos ganham forma e o sentimento de pertencimento se fortalece.

Essa política pública tem impactos profundos na vida de centenas de famílias atendidas pelos Centros de Referência de Assistência Social (CRAS) e, de forma especial, nas mulheres acompanhadas pelo Centro de Referência de Atendimento à Mulher (CRAM). Cada curso, cada nova habilidade adquirida representa um passo concreto em direção a uma vida com mais dignidade, liberdade e possibilidades de escolha.

Porque, no fim das contas, trata-se de reafirmar que toda pessoa tem valor. De acreditar na potência de quem, tantas vezes, só precisava ser enxergado. Autonomia não se impõe — se constrói. E, ao escolher investir em cuidado, capacitação e cidadania, a Assistência Social está ajudando a reconstruir futuros e novos projetos de vida.

Edição n.º 1476.