O Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) voltou a Araucária nesta terça-feira, 26 de agosto, para cumprir dois mandados de busca e apreensão oriundos da segunda fase da Operação Fox, que apura o possível envolvimento de agentes de segurança pública da cidade com o tráfico de drogas na cidade.

Os mandados foram cumpridos em endereços ligados a um dos investigados, que atuava como suposto operador financeiro de uma organização criminosa em Araucária. As ordens judiciais foram expedidas pela Vara Criminal de Araucária e cumpridas em um endereço residencial no bairro Iguaçu e em um endereço comercial no bairro Vila Nova. A assessoria de comunicação do Ministério Público não divulgou o nome do alvo.

De acordo com as investigações que vem sendo conduzidas pelo GAECO, o alvo desta etapa teria atuado como elo financeiro dos criminosos, com movimentações bancárias que alcançaram montante superior a R$ 7 milhões em um período de aproximadamente um ano e meio. Além disso, foram identificadas dezenas de transferências para um agente público do município de Araucária e vínculos financeiros com pessoas investigadas por tráfico de drogas, reforçando a hipótese de atuação no núcleo financeiro da organização.

Primeira fase

A operação de agora acontece pouco mais de um ano depois da primeira fase da operação, deflagrada em 5 de junho. Naquela oportunidade um dos alvos foi o então secretário municipal de Segurança Pública, Lincoln Roberto Stygar.

O procedimento investigatório criminal que culminou com a deflagração da operação Fox foi aberto ainda no ano de 2023, mas a decisão que determinou que os agentes do GAECO fossem as ruas aconteceu no mês de maio de 2024.

Naquela oportunidade, além de Lincoln, também foram alvos Carlos Alexandre Lima, vulgo Patinho, e Jonatas Gauss Godoi, vulgo Feijão. Este segundo foi morto meses depois quando saia de um bar na região central da cidade.