Ser do contra. Com ou sem interesse legítimo é algo que – embora irrite a muitos – é um dos encantos da nossa democracia.

A possibilidade de divergir. De simplesmente não concordar. De optar em seguir outro caminho. De ser contra só porque se quer ser contra é algo que devemos defender sempre.

Em Araucária vemos isso todos os dias, principalmente no meio que circunda a administração pública municipal. Os temas são os mais diversos possíveis e em todas as áreas.

Nas discussões mais recentes tivemos aqueles que defendiam a realização de festas municipais com artistas nacionais. Quando estas passaram a ser realizadas, surgiram os que entenderam isso como desnecessário.

Investir recursos públicos em decoração de Natal é outro tema que muitos sempre querem dar uma opinião. Se elas acontecem acham desnecessário. Se não acontecem consideram um retrocesso.

Sinalização viária a mesma coisa. Se as lombadas são tiradas há os que afirmam que se está incentivando os sinistros de trânsito. Quando são colocadas reclamam que elas vão dificultar a fluidez do tráfego.

Sem entender nada de orçamento público, muitos querem dar pitaco na destinação dos tributos. Tirem da Cultura, do Esporte, da Comunicação e mandem pra Saúde e Educação. Mas quando veem o orçamento original destas duas pastas acham um absurdo elas ficarem com tantos recursos.

Sem nunca terem assentado um tijolo se acham mestres de obras, reclamam dos preços das obras públicas, como se estas fossem contratadas como o particular contrata um pedreiro pagando “por dia”.

Sem nunca terem se disposto a um trabalho voluntário que fosse se sentem no direito de dizer que vereador, prefeito, secretários e assessores ganham muito e fazem pouco.

Essa falta de unanimidade, aliás, é algo que sempre deve estar em mente àqueles que se dispõe em disputar cargos eletivos. Não haverá nunca consenso, cabendo aos que vencem governar sempre seguindo suas convicções, mesmo que isso vá eventualmente desagradar parte dos que lhe conferiram o voto! Pensemos todos nisso e boa leitura!

Edição n.º 1493.