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O Brasil vive dias de intensa agitação às vésperas da votação do impedimento em definitivo da presidente eleita em 2014 e do avanço das investigações da denominada Operação Lava Jato, que agora atingem políticos dos mais variados partidos. Como sempre havia imaginado as evidências de corrupção não estão restritas a determinados grupos políticos e inclusive autoridades com cargo de destaque têm sido apontadas como suspeitas de envolvimento em delitos. Mais do que nunca, porém, corremos o risco de demonizar a política e os políticos e nos afastarmos cada vez mais desta atividade tão importante para a organização da sociedade. É salutar que os corruptos, quaisquer que sejam seus cargos ou vinculação ideológica, sejam severamente atingidos pelas penas da lei e que tenham reduzida sua influência nefasta. Muitos imaginam que a política municipal está desvinculada desta teia de práticas criminosas a envolver o desvio e o descaminho de muito dinheiro público. Verbas públicas que vemos faltar nas áreas da saúde, da educação, da segurança e em tantas outras, são apropriadas por pessoas e grupos para proveito particular. Desprezar a política e os políticos é um engano fatal ao nosso desejo de viver dias melhores e nos impede de legar um país melhor aos que virão. É exatamente no município que podemos facilmente obter informações sobre o passado das pessoas públicas e com um pequeno esforço saberemos como elas conduzem seus negócios, sua vida familiar e o seu círculo de amigos. Para fazer a escolha adequada dos(as) candidatos(as) a vereador(a) e a prefeito(a) teremos como fazer comparativos, antes de confiar nosso voto. E nós, que temos acesso mais fácil a informação, temos o dever de auxiliar no esclarecimento dos eleitores que dispõe de poucas referências. Serão os(as) futuros(as) prefeitos(as) e vereadores(as) que articularão as campanhas políticas que virão. Candidatos concorrentes aos diferentes cargos, na Assembleia Legislativa, na Câmara Federal, no Governo do Estado e na Presidência da República, dependerão dos políticos que escolhermos nestas eleições municipais. Se tivermos dúvidas quanto as boas intenções de um(a) candidato(a), devemos deixá-lo(a) de lado e escolher alguém que seja digno de maior confiança. Disputar um mandato político municipal apenas para inflar seu ego, para alimentar sua vaidade ou para beneficiar-se financeiramente, é indicar que futuramente apoiará pessoas semelhantes para as demais esferas da política. Não encontraremos candidato(a) perfeito(a), mas certamente é possível escolher quem é mais compromissado com o bem comum. Este é um desafio que precisamos enfrentar com calma e sabedoria.

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