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Falar com autoridade significa em primeiro lugar coerência de vida, integridade, acreditar naquilo que se faz e viver aquilo que se prega. Assim era Jesus, um homem profundamente coerente, capaz de arrastar multidões por causa do seu jeito de ser, profundamente preocupado com o bem do ser humano. A verdade é que as pessoas percebiam que em Jesus havia apenas um interesse: a felicidade das pessoas. Em nenhum momento ele agiu com má fé, pensando na sua fama, no seu sucesso ou no seu reconhecimento pessoal. Pelo contrário, quando tentaram fazer dele um rei, se indignou voltando-se para a multidão, apresentando as condições para o seguimento a ele: ‘se alguém quiser me seguir, renuncie a si mesmo, tome a sua cruz a cada dia e siga-me’.

Jesus foi um homem profundamente apaixonado pelo ser humano, preocupado com a sua plena felicidade. Demonstrava uma preferência com aqueles mais sofredores, pobres e excluídos da sua sociedade. Eles eram seus preferidos, porque não tinham ninguém que se preocupasse com eles. Abandonados pela sociedade, excluídos do meio social, eles eram amados e preferidos por Jesus. Ele mesmo disse: ‘eu vim para que todos tenham vida e a tenham em abundância’. Esta era a grande preocupação de Jesus, porque para ele todos eram importantes, porque filhos do mesmo. Ele veio para restituir a dignidade para todos, porque esta era a vontade do seu Pai.

A sua vida era um exemplo a ser seguido. Um líder que falava e que pregava a partir daquilo que vivia em primeiro lugar. Ninguém conseguia pegá-lo em nenhuma incoerência, pois a sua vida era um livro aberto. Falava abertamente a verdade, sem ocultar qual era o caminho a ser seguido. Nunca usou de meias verdades e nem demonstrava nada que pudesse crer que fazia algo pensando em vantagens próprias. Pelo contrário, seu desejo profundo era ver todos felizes, sobretudo, os mais fracos, pobres e excluídos. Vibrava de alegria quando fazia o bem e através de suas palavras, alguém era resgatado para uma vida mais plena. Ali está a grande diferença deste homem com todos aqueles do seu tempo, especialmente os chefes religiosos e políticos. Enquanto estes faziam tudo visando seus próprios interesses, Jesus pensava e agia única e exclusivamente em prol da felicidade do outro.

Ele ensinava com autoridade e de dentro de si saia uma força extraordinária, capaz de expulsar demônios e curar a pessoas de diversas enfermidades. Até os espíritos maus se calavam e o obedeciam. Os próprios doutores da lei acabaram reconhecendo, mesmo a contragosto, que nunca ninguém falou como este homem. Ele falava com propriedade, livre de todas as amarras externas, porque ele era um homem totalmente livre por dentro. Agia a partir das suas crenças em profunda sintonia com o seu Pai. Ele mesmo disse: eu e o Pai somos um, e o que eu falo e faço, é por vontade do meu Pai.

Hoje, mais do que nunca, o mundo precisa voltar-se para este grande modelo. Os homens são todos frágeis e limitados, fracos e incoerentes. São poucos os modelos, as referências neste mundo atual. Tanto na política, como na religião, percebe-se uma ação pautada em interesses pessoais. Este homem, Jesus de Nazaré, agiu sempre de modo livre e espontâneo, pensando somente no bem e na felicidade daqueles que estavam ao seu redor. Ensinar com autoridade, a exemplo dele, é buscar viver uma vida coerente, íntegra, voltada para as necessidades dos irmãos. Ele, sim, falava e ensina com autoridade.

 

 

Publicado na edição 1097 – 25/01/2018

Ele ensinava com autoridade!

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