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O município de Pinhais com menos de 30 anos de emancipação tem se tornado referência no fomento cultural, parece ter entendido rápido que o sucesso de uma cidade passa também pela valorização da Cultura e de se seus agentes. Investir em Cultura é investir no inconsciente coletivo, na transversalidade social, é destinar recursos para uma área que não acaba em si mesma, mas que transborda seus benefícios para todos os cantos. Pinhais sabe disso e há anos tem se esforçado na promoção de eventos, festivais e formação de público. Oferece aos seus munícipes uma variedade de oficinas que vão desde artesanato até cinema, envolve a cidade em atividades que além de bem-estar social atrai também o turismo. E assim o jovem município vai crescendo e aparecendo na cena estadual.

Por certo em uma análise mais profunda será possível encontrar fragilidades e problemas também nesse município, mas é preferível ter problemas para resolver do que ter um deserto de ideias e ações. A ausência de movimento gera a atrofia, o desinteresse e o conformismo.

O momento atual é de busca por crescimento, modernização para acompanhar a velocidade das mudanças sociais, para se adaptar e não ser engolido pela condição efêmera da atualidade. Tudo passa com muita velocidade e como dizia Renato Russo “O futuro não é mais como era antigamente”, a cada instante somos soterrados por novos conceitos, novas tecnologias, novos desafios e nesse afã de não ficar para trás vamos fechando os olhos para o que é simples, porém essencial, negligenciando ferramentas que resistiram a todas as revoluções humanas e sociais, se habilitando para dominar a inteligência artificial, mas esquecendo que as relações humanas precisarão estar muito fortalecidas ou não terão suporte emocional para conviver com tanta artificialidade, haja vista os sinais patológicos que têm se anunciado, crises de pânico, de ansiedade, fobias e depressões se tornando cada dia mais comuns nas pessoas.

A Cultura reuni um apanhado de conhecimentos, de hábitos, memórias e práticas capazes de preservar nossa condição humana saudável, para além do importante entretenimento, é ferramenta de gestão pessoal, escape das emoções, linguagem universal e sobretudo, é indústria limpa: Gera capital, atrai turismo, aproxima as pessoas, fortalece o comércio. A visão estratégica precisa ter amplitude no olhar, a assertividade requer que a engrenagem funcione como um todo e não fragmentada.

Pinhais sabe disso e nesse momento, como uma de suas ações de fomento, está sediando o 14º Festival de Teatro, que vai até dia 25 de outubro e reune companhias de todo o estado.

Publicado na edição 1186 – 24/10/2019

Vamos falar de Cultura, vamos falar de Pinhais

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