Fonoaudióloga da Audiba fala sobre a importância de cuidarmos bem da audição
Dados da Organização Mundial de Saúde (OMS) estimam que existam cerca de 28 milhões de pessoas no Brasil com surdez. Boa parte desse contingente deixa de procurar ajuda médica por falta de informação, por não aceitar a possibilidade de perda auditiva ou por medo de usar um aparelho pelo estigma ou preconceito. Os resultados da falta de tratamento adequado são o agravamento do problema. Segundo Marcia Bonetti, fonoaudióloga e responsável técnica da Audiba, a surdez não limita apenas um dos nossos sentidos, ela pode alterar definitivamente uma vida. A ciência já encontrou relações entre a perda auditiva, a demência e o Alzheimer na população idosa. O problema pode ser também causador de afastamento social e de depressão. Se não for tratado da maneira adequada, pode se transformar em um fardo a se arrastar por toda uma vida.
A fonoaudióloga destacou ainda que o preconceito e a falta de informação andam de mãos dadas e atingem duramente aqueles que precisam tanto da informação para não serem privados da audição, por acharem, muitas vezes, que a surdez é uma barreira impenetrável. Explica ainda que, sem receber o estímulo de forma correta, com o tempo o cérebro começa a perder a capacidade de processar os sons. Por isso, ela orienta que a qualquer sinal de perda de audição – e ela se revela no volume da TV sempre mais alto que o normal, o pedido constante de repetição da informação, o isolamento repentino e sem motivo aparente, por exemplo – a pessoa deve procurar ajuda especializada.