Muito se ouve falar que o papel do professor é transmitir conhecimento, mas… e se o estudante não quiser — ou estiver impedido de — receber esse conhecimento, como ficará a aprendizagem? Não vamos falar aqui de diferentes Escolas Pedagógicas, suas teorias e postulados. Vamos falar de um recorte, de uma parte do dia a dia da educação!
A Secretária de Educação, Professora Adriana, junto com o Departamento de Ensino Fundamental, tem realizado mediação nas escolas para dialogar com as equipes pedagógicas e professores dos terceiros e quartos anos. Em uma agenda frenética, tem procurado ouvir todas as críticas positivas e negativas, a fim de estabelecer um início assertivo para 2023. Os diálogos intensos e repletos de profissionalismo têm mostrado o grau de comprometimento dos professores, portanto, sem muita demora na conversa, ouvem-se frases que demonstram isso.
Muitas são as histórias oriundas desses diálogos que poderiam ser aqui relatadas, principalmente neste ano de recomposição de aprendizagem, neste ano em que as crianças estão de volta ao convívio com colegas de diferentes comportamentos – pois vindo de famílias que enfrentaram a pandemia cada qual a sua maneira –, nesse ano que a rotina faz-se presente para todos que devem frequentar a Unidade Educacional.
De todos os registros feitos nestas mediações, o relato de uma professora, na verdade, uma frase, demonstra a reflexão imposta em todo o processo pedagógico neste ano de 2022:
“Diante de tudo que tem-se vivido e trabalhado será que estamos mesmo construindo conhecimento em nossos estudantes?”
Então, os primeiros passos para esta construção estão sendo dados pela Secretaria de Educação, que é ouvir os docentes, também será dado pela formação continuada que, tendo encerrado o período formativo de implantação da Base Nacional Comum Curricular e a Organização Curricular do Município, intensificará formações como as que aconteceram nos anos de PNAIC, construindo planos de aula em conjunto com os docentes e baseados em suas experiências cotidianas.
Mas o caminhar é longo, tanto para os passos descritos acima como para os demais que estão por vir. Os professores precisarão estar preparados para as crianças/estudantes que estão chegando nas unidades educacionais, os quais estão desenvolvendo-se em um mundo imediatista, de pouca interação e muita informação. Transformar essas informações em conhecimento, baseado na ciência e na história da Humanidade, é o grande desafio!
Escrito por: Profª Suzana Nunes Branco.