“Broas Binhara”, a tradição da deliciosa broa polonesa que se mantém há 20 anos

Dona Amélia vai deixar seu legado para os filhos Flávio e Fabiane, e manter viva a memória da culinária e da cultura polonesa. Foto: Marco Charneski
Facebook
LinkedIn
WhatsApp
Telegram
Email
“Broas Binhara”, a tradição da deliciosa broa polonesa que se mantém há 20 anos
Dona Amélia vai deixar seu legado para os filhos Flávio e Fabiane, e manter viva a memória da culinária e da cultura polonesa. Foto: Marco Charneski

EDIÇÃO ESPECIAL DE ANIVERSÁRIO – 132 ANOS

De sabor inigualável, a típica e fresquinha broa polonesa de centeio, feita com farinha comum e batata doce é o carro-chefe da empresa “Produtos Caseiros Binhara”, ou como os clientes carinhosamente chamam: “Broas Binhara”. Lá se vão 35 anos desde que a dona Amélia Czarnik, de 67 anos, e seu marido Aluízio Binhara, fundaram o comércio, um dos mais antigos de Araucária, que começou como uma pequena quitanda, onde se vendiam apenas frutas e verduras. “Foi uma data especial, porque abrimos a frutaria em 12 de fevereiro de 1987, um dia após o aniversário de Araucária”, comentou.

Dona Amélia recorda que naquela época os filhos eram muito pequenos, porém acompanhavam a rotina de trabalho dos pais. “Eu tinha o Flávio de 10 anos e a Fabiane de 5, e eles sempre estavam junto com a gente. Na quitanda, a maior parte dos produtos vendidos era eu e meu marido que plantávamos e colhíamos. A gente ia pra lavoura plantar, colher e depois vender para os clientes. As frutas e verduras que não plantávamos, íamos cedinho buscar na Ceasa. E assim fomos levando a quitanda, era uma rotina puxada, de trabalho árduo”, relembra dona Amélia.

“Broas Binhara”, a tradição da deliciosa broa polonesa que se mantém há 20 anos

A quitanda permaneceu ativa por 15 anos, até que nasceu a Produtos Caseiros Binhara, um novo ramo de comércio, onde o forte eram as broas caseiras, feitas pelas mãos da dona Amélia. Nesse ponto, vale ressaltar que a receita original, Amélia aprendeu com seu sogro, Roberto Binhara, nos anos 70, época que moravam na localidade de Campestre, área rural de Araucária. Ali se vendiam também outros produtos coloniais como salames, queijos, cerveja caseira, requeijão, bolachas, doces, geleias, entre outros. “Vinha gente de longe pra comprar as minhas broas e até hoje tem sido assim. Minha broa também viajou o mundo, teve clientes meus que levaram (a broa) para a Polônia e até para os Estados Unidos”, disse dona Amélia. Atualmente com problemas de visão, ela não consegue mais preparar as broas, mas garante que as pessoas que preparam o ‘famoso pão’ são fieis a receita que aprendeu com o sogro. “Fico feliz, porque até hoje a receita das minhas broas continua fazendo sucesso”, afirma.

Também devido às suas limitações, hoje dona Amélia não trabalha mais na Casa da Broa e quem comanda os negócios é o filho Flávio. Já a filha Fabiane, enveredou por outros caminhos, trabalha na Prefeitura de Araucária. Mesmo assim, dona Amélia faz questão de dar uma mãozinha de vez em quando. “Quando o Flávio precisa sair, eu venho aqui cuidar da loja, sinto saudades disso”, admite.

Compartilhar
PUBLICIDADE