Nesta semana trazemos mais uma daquelas matérias que causa indignação ao ser escrita. Exatamente! Indignação! E causa indignação porque imaginar que a crueldade de uma pessoa alcança o absurdo de subjugar outra pessoa simplesmente para satisfazer a sua lascívia nos diminui enquanto seres humanos!
E foi isso o que vimos nos últimos dias com a vinda à tona de um dos casos mais horrorosos de estupro e cárcere privado que já se teve notícias em Araucária!

Imaginar que um homem primeiro abusou de sua própria enteada de sete anos e que, com o passar do tempo, a transformou em sua esposa, obrigando-a a manter uma relação pública fantasiada de família é algo cruel.

Ter que reconhecer que, enquanto sociedade, não conseguimos salvar essa jovem das mãos de seu algoz, o que fez com que ela perdesse toda sua infância, adolescência e parte da vida adulta é frustrante.

Saber que no curso de uma vida de violações essa mulher teve três filhos com a besta que lhe privou a vida e que ela só conseguiu ter a coragem de pedir socorro quando viu o ciclo aparentemente voltar e se repetir, com as vítimas agora sendo sua prole só faz dessa pessoa uma heroína!

E estamos diante de uma heroína porque o instinto materno fez com que ela tirasse forças de algum lugar que ela jamais imaginou que tivesse para permitir que suas filhas tenham a chance de uma vida que dela foi tirada.

Precisamos agora não falharmos novamente enquanto sociedade! E isso faremos com a manutenção desse monstro atrás das grades! E, claro, dando o suporte necessário para que essa família de sobreviventes tenha o direito de reconstruir suas vidas!

Pensemos todos nisso e boa leitura!

Edição n.º 1483.