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Moradores estão apavorados e não sabem a quem recorrer. Um já abandonou a casa

Rachaduras enormes nos muros e nas paredes e fendas nas calçadas estão deixando os moradores do Conjunto Turin, no bairro Iguaçu, apavorados. O loteamento é recente, tem apenas sete meses, mas as casas já estão apresentando sérios problemas de estrutura.

Segundo a moradora Terezinha de Fátima Alves, os proprietários dos imóveis já acionaram a Prefeitura e a Construtora Nichelle, responsável pela execução da obra, mas ninguém quer assumir a culpa.

“Um joga a culpa para o outro e nós ficamos aqui, correndo risco de ver as casas desabarem sobre as nossas cabeças”, disse. Ela afirmou que existe a suspeita de que o loteamento foi construído numa área de manancial, que teria sido aterrada.

Tiago, filho de Terezinha, comentou que dois engenheiros da Sanepar já estiveram visitando o local para fazer uma avaliação do problema, mas que até agora nenhuma solução foi apresentada aos moradores.

“Muitos já vieram aqui, mas ninguém chega a um acordo. Enquanto isso, as rachaduras vão aumentando e uma vizinha, orientada pelo Corpo de Bombeiros, já teve até que sair de sua casa”, disse.

Procurado pela nossa reportagem, o responsável pela Construtora Nichelle não foi localizado.

Providências
O advogado que representa os moradores, Mário Sérgio Rocha, disse que por enquanto o caso está na esfera criminal, com a Promotoria requisitando documentação de todas as partes envolvidas com a construção do loteamento.

Todas as irregularidades serão apuradas e finalmente saberemos quem terá que responder pelo problema, que caracteriza um estelionato contra o consumidor, pois as pessoas compraram um imóvel, financiaram em 20 anos e em apenas seis meses de moradia as casas começaram a apresentar problemas”, ponderou.

Mário Sérgio disse ainda que depois de juntadas as provas, o caso seguirá para a esfera civil, onde será pleiteada uma indenização e um pedido de tutela antecipada para os moradores. “Os responsáveis por este absurdo terão que bancar o aluguel dos moradores ou remanejá-los para um outro local, até que o caso seja julgado”, explicou.

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